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07/08/2019 às 11h57min - Atualizada em 07/08/2019 às 11h57min

UFU lança curso gratuito sobre violência contra a mulher

Iniciativa é uma parceria entre a universidade, OAB, Defensoria Pública e MPF; aulas começam em setembro

GIOVANNA TEDESCHI
Representantes de entidades parceiras compareceram à coletiva de imprensa na manhã desta quarta (7) | Foto: Giovanna Tedeschi
Foi lançado na manhã desta quarta-feira (7) o curso “Mulher e Direitos Humanos: desafios atuais na efetivação dos direitos”. Realizadas no campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), as aulas pretendem abordar aspectos históricos e questões atuais na implementação dos direitos da mulher contra a violência doméstica. 

O curso é gratuito e acontece entre setembro e dezembro deste ano com aulas mensais, aos sábados, das 14h às 16h. O edital deve sair ainda nesta semana no site do Laboratório de Direitos Humanos e Justiça Global (LabDH) da UFU e as inscrições podem ser realizadas de 15 a 30 de agosto. Ao todo 120 vagas são oferecidas.

A iniciativa é voltada para representantes das comunidades locais de Uberlândia, além de profissionais que trabalham com o tema no dia a dia, como trabalhadores da área da saúde e da educação. 

A capacitação será dividida em módulos e incluirá visitas técnicas aos locais que atendem mulheres em situação em violência, como a delegacia da mulher.

A iniciativa é uma parceira entre a UFU, a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), a Ordem dos Advogados do Brasil de Uberlândia (OAB) e o Ministério Público Federal (MPF).

FAZER A DIFERENÇA
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta (7), membros das entidades parceiras falaram sobre a relevância de oferecer capacitações sobre temas como a violência contra a mulher. No ano passado foi oferecido um curso parecido, mas com temática mais ampla de direitos humanos.

Defensora pública, Bárbara Machado afirmou que a violência doméstica gera consequências não só psicológicas, mas na saúde pública, na economia e na segurança pública. “Nós vemos inúmeras mulheres que são impedidas de continuar trabalhando por terem sido agredidas, por estarem sofrendo depressão e síndrome do pânico. Nós vemos crianças que sofrem desajustadas, perpetuando a violência que sofreram”, explicou.

A tenente da Polícia Militar (PM), Luciene Junqueira, atende mulheres em posição de risco com frequência e afirma que ainda é necessária a conscientização. “Normalmente quem chega primeiro em uma ocorrência de Maria da Penha somos nós. A gente acha que toda mulher sabe dos seus direitos. Não sabe. Às vezes ela não sabe que tem uma advogado sem pagar nada, não sabe onde fica a delegacia”, disse.

O lançamento do curso ocorre no dia em que se celebra a criação da Lei Maria da Penha, sancionada pelo então presidente Lula no dia 7 de agosto de 2006, para auxiliar no enfrentamento à violência contra as mulheres.

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