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15/07/2019 às 09h32min - Atualizada em 15/07/2019 às 09h32min

Fransérgio Araújo compartilha o Teatro Selvagem em Uberlândia

Ator e professor de teatro uberlandense inicia oficina que vai de hoje a quarta (17)

ADREANA OLIVEIRA
Fransérgio Araújo é de Uberlândia e atualmente reside em São Paulo | Foto: Alexandre Fukugava/Divulgação

Desde 2012 Fransérgio Araújo encontrou um novo desafio. O ator, professor de teatro diretor e produtor uberlandense, radicado em São Paulo, por meio de sua pesquisa criou o Teatro Selvagem. A pesquisa consiste em personalizar o desempenho da atuação de forma a construir uma nova situação dramática na qual a encenação se torna objeto de execução e de um corpo visceral. A técnica se propõe na busca do “selvagem” de cada um, criando assim uma nova identidade de transformação.

Segundo o artista, o objetivo dessa proposta é banir a ideia de impossibilidade criativa, e diminuir a distância entre a pulsão de vida e a reestruturação da busca de si mesmo que é a alma pungente da transformação e busca de novas identidades no mundo.

De hoje (15) a quarta-feira (17) ele compartilha seu método por meio da Oficina Teatro Selvagem, que acontece na Escola Livre do Grupontapé nos três dias, das 19h às 22h, com inscrição a R$ 200 e podem ser feitas neste link:
https://bit.ly/32tLiH9.

Voltada para o público adulto e envolve técnicas xamânicas de transe e realinhamento de sentidos e energias corporais aliada às técnicas do “Teatro da Crueldade” desenvolvidas por Antonin Artaud (1896-1948), autor do clássico “O Teatro e Seu Duplo”.

Entre essas técnicas, podem ser citadas a “respiração artaudiana” (descrita no texto “Atletismo Afetivo”) e a chamada “fúria santa” de diversas religiões antigas, captada como inspiração pelo Teatro da Crueldade e pelo Teatro Selvagem, em face do fervor da entrega dos corpos para se atingir estados de renovação anímica, ou até mesmo a redenção espiritual.

Araújo afirma que a experiência da transfiguração pode ser apreendida porque a técnica proporciona isto: a busca por um teatro que impulsione a audiência para uma transformação, pensar com suas entranhas e experimentar o surreal. Para ele, há uma grande diferença entre ser e o deixar existir. Os monstros necessitam de abrigo e ele convida os interessados a, assim como um bicho da seda, tecerem suas próprias teias para verem o que existe além delas.


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