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06/07/2019 às 08h58min - Atualizada em 06/07/2019 às 08h58min

​Quadrilha interestadual é investigada por série de roubos a cargas no Triângulo Mineiro

Cinco alvos da Operação “Irmãos Metralha” estão presos e Gaeco apura envolvimento de outros integrantes da organização

CAROLINE ALEIXO
Promotor de Justiça comentou que atuação de receptadores na cidade acabou atraindo organização criminosa para a região | Foto: Caroline Aleixo
Ainda durante a coletiva na sede do Ministério Público Estadual (MPE), nesta sexta-feira (5), o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia, Daniel Martinez, comentou sobre o prosseguimento das investigações que resultaram na prisão de cinco pessoas durante a Operação “Irmãos Metralha”Os alvos são suspeitos de integrar uma quadrilha interestadual especializada em roubo de cargas.

A primeira fase da operação ocorreu em maio e culminou na prisão preventiva de quatro pessoas, sendo que dois dos presos foram liberados em seguida por não terem tido participação no roubo apurado. Na última quarta-feira (3), o Diário de Uberlândia divulgou em primeira mão a segunda fase da ação com a prisão de três foragidos

O grupo foi acusado pelo roubo de um carregamento de quase 50 toneladas de milho que pertencia à empresa Cargill Agrícola. Eles sequestram o motorista na cidade de Santa Helena de Goiás (GO) e fizeram o motorista refém por cerca de 24h, em um cativeiro na região do Triângulo Mineiro. O roubo foi finalizado em Uberlândia, onde o cavalo mecânico do veículo foi localizado. A carreta e a carga não foram recuperadas. 

A denúncia foi aceita pelo juiz da 1ª Vara Criminal da comarca de Uberlândia e os cinco réus respondem pelo roubo qualificado. Os alvos são de Goiás e as investigações agora seguem no sentido de identificar outros membros da organização e que residem em Uberlândia. 

“Essa organização criminosa interestadual tem uma atuação forte na região sul de Goiás e aqui em Uberlândia. Há indícios na prática de mais de uma dezena de crimes aqui, inclusive com muitos integrantes sediados na cidade e que estão sendo investigados”, disse Martinez. 

Foi identificado que a organização mantém bases em Itumbiara e Uberlândia. Além da proximidade geográfica que facilita o acesso entre a região goiana e o Triângulo Mineiro, o promotor destacou outros pontos que acabaram atraindo o grupo criminoso. 

“Um fator principal é que a gente tinha aqui um número grande de receptadores, tanto de caminhões e carretas para desmanche, quanto das próprias cargas. Esse pessoal da região sul de Goiás atuava muito aqui e na região de Monte Carmelo em razão da facilidade de venda dos veículos e cargas roubadas”, finalizou.

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