01/07/2019 às 12h07min - Atualizada em 01/07/2019 às 12h07min
Cemig divulga balanço da operação antigatos em Uberlândia
140 irregularidades foram identificadas; infratores poderão responder criminalmente
DA REDAÇÃO
Fiscalizações na rede elétrica começaram na última semana em Uberlândia | Foto: Vinícius Lemos A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) divulgou, nesta segunda-feira (1°), o balanço da operação antigatos em Uberlândia, que aconteceu entre 24 e 28 de junho deste ano. De um total de 529 inspeções, foram identificadas 140 irregularidades, que tiveram os medidores substituídos e os equipamentos antigos enviados para análise em laboratório. Outras 3.104 instalações tiveram o fornecimento de energia suspenso em função de inadimplência. A previsão era de que 5 mil cortes fossem feitos com a inspeção.
A Cemig fez levantamentos de uma série de locais que tiveram grande diferença de medições em algum período, além de avaliar denúncias e verificar suspeitas repassadas por funcionários da estatal em trabalho rotineiro. Os alvos da operação foram estabelecimentos comerciais da cidade, como padarias, bares, restaurantes, distribuidoras de bebidas, postos de combustível, açougues e academias.
Se as irregularidades forem confirmadas, os infratores podem responder criminalmente. A intervenção é crime previsto no artigo 155 do Código Penal e prevê multas e pena de um a oito anos de reclusão, além da obrigação de ressarcimento de toda a energia furtada e não faturada em até 36 meses, de forma retroativa. A prática também pode ocasionar acidentes fatais, além de incêndios e danos à rede elétrica. “Além da sobrecarga na rede elétrica, as ligações irregulares podem causar graves acidentes e danos aos equipamentos elétricos e queda na qualidade da energia, devido às constantes interrupções no sistema elétrico provocadas pela sobrecarga gerada pelo consumo irregular”, afirma o gerente de Medições de Energia e Combate às Perdas Comerciais da Cemig, Rafael Pimenta Filho.
Segundo o gerente, a concessionária tem um prejuízo anual de R$ 300 milhões com ligações irregulares e clandestinas e a tarifa dos consumidores mineiros poderia ser até 5% menor se não houvesse ligações irregulares e clandestinas. “O prejuízo é rateado entre a Cemig e os consumidores adimplentes, encarecendo a tarifa para aqueles que usam a energia de maneira honesta”, afirma.
As inspeções e cortes realizado pela Cemig continuam acontecendo por toda a cidade como rotina diária das equipes de campo. Já os mutirões para corrigir ligações de energia com possíveis irregularidades e executar cortes no fornecimento de energia em função de inadimplência serão estendidos aos municípios da região nas próximas semanas.