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30/05/2019 às 17h52min - Atualizada em 30/05/2019 às 17h52min

Ataques a bancos e caixas reduzem 91% nos últimos cinco anos em Uberlândia

PM atribui queda ao trabalho de inteligência e à saída de criminosos para outras cidades

MARIELY DALMÔNICA
Comando do BPE em Uberlândia justificou intensificação das ações nos últimos anos | Foto: Mariely Dalmônica
Os ataques a bancos e caixas eletrônicos em Uberlândia tiveram uma redução de 91,5% no período de 2013 a 2018, segundo registros da Polícia Militar. A utilização de artefatos explosivos, até então comum nesse tipo de ação, também diminuiu.

Ano passado, sete furtos ou roubos foram notificados, e apenas um deles envolveu explosão. Já em 2013 a PM chegou a contabilizar 83 ataques a agências bancárias e caixas eletrônicos. Este ano apenas uma ocorrência dessa natureza foi registrada.

Segundo o tenente Hector Bispo, comandante do 9º Batalhão de Policiamento Especializado (BPE) da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), a diminuição do número de roubos e furtos em bancos e caixas eletrônicos aconteceu porque os militares intensificaram as ações nos últimos anos. “É um treinamento constante. Começamos a mapear quem eram eles (os criminosos), onde moram, quais os familiares que também têm envolvimento, e pelos números vemos que tem dado muito certo”, afirmou Bispo. O batalhão também conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Civil em algumas ações.

Os meios utilizados para abrir os caixas eletrônicos também mudaram. Há cinco anos, o uso de explosivos na realização do roubo ou furto era mais comum, mas desde 2017 a situação se reverteu. Em 2013, enquanto 59 explosões foram notificadas, 24 roubos foram feitos com o uso de armas mais silenciosas. Em 2014, a diferença entre os dois foi semelhante, 28 eventos envolveram explosões e 12 foram feitos por outros meios.

Em 2017, além de diminuir o número de furtos e roubos em bancos, o padrão foi invertido. Enquanto quatro explosões em caixas eletrônicos foram registradas, nove roubos ou furtos foram realizados por outros meios, como por exemplo, ferramentas e furadeiras. Em 2018, houve seis eventos sem o uso de explosivos e um com o uso deles. “Explodir chama a atenção, geralmente estão utilizando maçarico”, afirmou o tenente.

De acordo com o comandante, o trabalho feito pelos militares é intenso e envolve uma preparação para possíveis confrontos, afinal, sempre há mais de um envolvido em roubos a bancos. “O armamento que esse pessoal utiliza é um armamento de guerra”, disse.

Ainda segundo o tenente Bispo, muitos foragidos saíram de Uberlândia e continuaram a cometer o mesmo crime em outras localidades. “Uma verdade é que a gente “exporta” esse pessoal. Tivemos um morador de Uberlândia foragido que veio a óbito em São Paulo e outros cinco que foram presos no Piauí, neste ano”, afirmou.
 
ÚLTIMO CASO
Neste ano, apenas uma tentativa de furto foi contabilizada em Uberlândia. A ocorrência foi registrada no dia 11 deste mês, por volta da 1h40 em um caixa eletrônico da Caixa Econômica Federal no bairro Morada da Colina, região sul da cidade.

Na época, dois suspeitos foram vistos por meio de câmeras já no interior da agência, tentando arrombar os caixas eletrônicos. Os militares se deslocaram até o local e cercaram a agência, alguns disparos e armas de fogo foram feitos pelos suspeitos, que, posteriormente, foram presos pela PM.
 
ESTADO
Em Minas Gerais, os ataques a bancos também reduziram, segundo a PM. Eles caíram 51,2% nos primeiros quatro meses de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Foram registradas 19 ocorrências contra 39, em 2018. Na comparação ao mesmo período de 2017, a redução foi de 73,2%, quando as ocorrências chegaram a 71.


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