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21/05/2019 às 08h02min - Atualizada em 21/05/2019 às 08h02min

Uma despedida digna de uma obra prima audiovisual

Último episódio de “Game of Thrones” não deixa perguntas sem resposta

ADREANA OLIVEIRA
Tyrion Lannister (Peter Dinklage) no episódio “O Trono de Ferro”, o último da série (Divulgação)
“O Trono de Ferro”, não haveria título mais apropriado para o título do último episódio de “Game of Thrones”, exibido no último domingo (19) pela HBO. A série que agora desafia as próximas produções a superá-la se despediu em grande estilo, sem deixar pontas soltas e mantendo até os últimos minutos sua imprevisibilidade. Se você ainda não assistiu, pare de ler por aqui: spoilers adiante.

Os roteiristas D.B. Weiss e David Benioff fizeram jus ao criador da história, R.R. Martin, que sempre esteve envolvido em todos os detalhes da série. O último capítulo começou de forma silenciosa e cinza. Tyrion Lannister (Peter Dinklage) caminha por Porto Real, destruída por Daenerys Targaryen (Emilia Clark) e seu dragão. O até então Mão da Rainha encontra os corpos de seus irmãos, Cercei e Jaime, de Lena Headey e Nikolaj Coster Waldau. A Casa Lannister... mas Tyrion ficou de pé, aguardando seu destino pela traição à Mãe dos Dragões.

Jon Snow (Kit Harington) também anda pelas cinzas de Porto Real e percebe que o exército de Daenerys não vai parar de matar. Ele parece já sentir que suas próximas escolhas dali em diante definiriam o que seria dos Sete Reinos. Criticado por muitos fãs por ter uma postura passiva e muitas vezes pecar na hora de decisões difíceis, Snow, se redime ao dar fim à vida de sua rainha pensando no que poderia acontecer se ela se sentasse no Trono de Ferro. Em tempo, Daenerys pode não ter sobrevivido para o trono, mas ele também não sobreviveu ao seu filho dragão em uma cena cheia de rugidos de dor.

Perdoado, Tyrion sai em defesa de Brandon (Isaac Hempstead Wright) para governar os Seis Reinos. “Ele não podia andar e aprendeu a voar”. As apostas de que o trono (de ferro ou não) seria dos Stark eram grandes e esses apostadores não erraram, não completamente.

Sua irmã mais velha, Sansa (Sofie Turner), manteve o Norte independente e livre (por isso Bran não teria os Sete Reinos). A brava Arya (Maisie Williams) seguiu para desbravar a oeste de Westeros, onde o mapa terminava. A Jon, um bastardo que virou rei, coube a prisão perpétua no Castelo Negro junto aos Selvagens, um lugar onde ele sempre pertenceu.

Arya, a assassina adolescente, a caçula das duas irmãs Stark, resolveu tirar seu ano sabático após matar o Rei da Noite, que ameaçava o mundo dos vivos, e chegar tarde demais para matar a tirana Cersei (Lena Headey) e a totalitária Daenerys. Arya sempre foi uma "outsider", uma estranha no ninho, e nada mais natural que seja feliz apenas se desbravar novos mundos.

E foi de Tyrion uma das frases mais marcantes de todo o episódio: “Não há nada mais poderoso do que uma boa história”. Os realizadores de GOT sabem disso e essa é uma história que, apesar do fim da série, da qual vai se ouvir falar por muito tempo.

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