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26/04/2019 às 08h40min - Atualizada em 26/04/2019 às 08h40min

Cargill investe R$ 150 milhões em três novas plantas industriais em Uberlândia

Projetos são focados na nutrição de bovinos, produção de amidos modificados e reuso de água

MARIELY DALMÔNICA
Investimentos viabilizam novas frentes de atuação da empresa na cidade | Foto: Marielly Dalmônica
A multinacional Cargill inaugurou, nesta quinta-feira (25), três projetos para nutrição de bovinos, produção de amidos modificados e reuso de água em Uberlândia. O investimento total das três novas plantas foi de R$ 150 milhões.

O projeto focado na reutilização de água, denominado de Acquarius, trata águas residuais através de processos de purificação. A empresa vai reutilizar 95 m³/h de água tratada em torres de resfriamento e vai reduzir em 30% o consumo de água potável na sede de Uberlândia. Essa quantidade equivale ao consumo diário de uma cidade com 17 mil habitantes.

Segundo Laerte Moraes, diretor de negócios de amidos, adoçantes e texturizantes da Cargill, cerca de R$ 40 milhões foram investidos no Acquarius. A empresa também inaugurou a Wet Feed, focada na fabricação de dieta úmida para ruminantes. A nova planta, que teve um investimento de R$ 30 milhões, produz cerca de 60 mil toneladas de ração ao ano direcionada aos mercados do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

A fabricação inclui fórmulas customizadas e dietas prontas para confinamento e produção de leite. De acordo com Moraes, ainda não existe um produto similar no mercado brasileiro atualmente.  “A gente continua oferecendo os ingredientes separadamente, não vai parar. Queremos dobrar a produção imediatamente, temos uma expectativa enorme”, afirmou.

Segundo Angelo Pedrosa, diretor da área de insumos, a pecuária brasileira cresce de 20% a 30% ao ano. “De duas dietas, o gado passa a ter 15. Começam a aparecer nichos de mercado onde eu sou muito mais competitivo. Ele [o consumidor] vai comprar em um telefonema o que ele compraria de 15 fornecedores”, disse.

A Cargill também iniciou a produção de amidos modificados no município em Uberlândia e investiu quase R$ 80 milhões no setor. Segundo o diretor de negócios de amidos, adoçantes e texturizantes, a demanda por esse tipo de insumo na região vem crescendo nos últimos anos.

A empresa, que trabalhava apenas com moagem de grãos de soja para produção de farelo e extração de óleo, processamento de milho para amidos e processamento de acidulantes em Uberlândia, foi inaugurada em 1986 na cidade e desde então vem passando por ampliações.

As novas atividades geraram 20 novas vagas de emprego. Os novos projetos são extremamente automatizados, então não exigem grande equipe.
 
FUTURO
A empresa conta, atualmente, com 1,5 mil funcionários em Uberlândia e está construindo uma nova fábrica em Bebedouro, no interior paulista, com um investimento de R$ 550 milhões. “A gente não para de investir, a confiança que se tem no Brasil é muito grande”, afirmou o diretor de negócios de amidos, adoçantes e texturizantes.

“Estamos colaborando com reutilização de recursos naturais e renováveis. As demandas do consumidor estão mudando, a gente precisa achar caminhos para agregar valor para ele. Vamos acertar e errar, mas a ideia é alinhar a empresa com o desejo do consumidor”, afirmou Moraes.

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