Alunos de engenharia de Uberlândia contam com doações financeiras para concretizarem o projeto | Foto: Divulgação
Acessibilidade. É nesta palavra que alunos e coordenadores do curso de Engenharia de Controle e Automação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) se baseiam para desenvolverem um projeto automobilístico-social na cidade. Trata-se da construção de veículos elétricos adaptados a pessoas com deficiência.
A ideia surgiu da cabeça de Ruy de Sousa Alves, aluno do curso de engenharia na UFU. O projeto é baseado em uma competição que acontece anualmente na Espanha, o MotoStudent. O torneio, organizado pela Moto Engineering Foundation (MEF), reúne universitários de todo o mundo para que coloquem todo o conhecimento adquirido nas universidades. Os estudantes desenvolvem motocicletas elétricas ou a gasolina e as levam ao país europeu para competir.
O idealizador do projeto, de 25 anos, resolveu levar o seu plano ao Laboratório de Mobilidade Automobilística (Lamau) e ele foi abraçado pelos alunos e coordenadores do curso. Ele acredita que a criação dos veículos elétricos adaptados é uma maneira de contribuir com a acessibilidade em Uberlândia, além de não causar danos ao meio ambiente.
“Todas as pessoas têm o direito de ir e vir. A ideia é importante porque integra estas pessoas na sociedade”, disse.
PRIMEIRO PASSO Com uma ideia em mente, o uberlandense revelou ao Diário de Uberlândia que várias pesquisas já foram realizadas e que o primeiro passo no projeto ambicioso será a criação do triciclo voltado a pessoas com qualquer tipo de deficiência.
Ainda segundo o estudante, mais importante do que desenvolver um projeto acadêmico, é o de levar benefícios a indivíduos que precisam de uma melhora no âmbito social. “É importante que tudo isso seja de fácil acesso a esta camada, para que realmente possamos fazer uma diferença social”, afirmou.
VAQUINHA SOLIDÁRIA Já que não contam com ajuda financeira da universidade ou de outra entidade pública, o futuro engenheiro de 25 anos sabe que o desenvolvimento dos veículos elétricos não será uma tarefa fácil ou rápida. A tecnologia necessária para a construção dos automóveis, de acordo com ele, é cara, o que dificulta ainda mais o trabalho realizado pelo curso de Engenharia de Controle e Automação.
Para adquirir verba para viabilizar todo o projeto de pesquisa e desenvolvimento, os alunos do Lamau e da engenharia têm contado com doações anônimas, patrocinadores e estão indo às ruas da cidade para vender água. Além disso, Ruy criou uma vaquinha online para arrecadar dinheiro e dar sequência à ideia.
Os interessados em contribuir com o projeto podem entrar em contato pelo telefone (34) 9 9835-5972 ou fazer uma doação virtual no link do Benfetoria.com.