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28/02/2019 às 14h58min - Atualizada em 28/02/2019 às 14h58min

​Município intensifica ações após primeira morte por dengue em Uberlândia

Sexta sala de hidratação será aberta; equipamentos para reforço do fumacê e drones também são providenciados

VINÍCIUS LEMOS
Sexta sala de hidratação será aberta na UAI Pampulha em Uberlândia | Foto: PMU/Secom/Divulgação
O primeiro óbito neste ano por dengue foi confirmado pelo Estado e informado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta quinta-feira (28). A cidade já tem mais de 3 mil notificações da doença e algumas ações serão implementadas com o intuito de prevenir e minimizar os índices. A Prefeitura de Uberlândia informou que, independente do diagnóstico positivo da moradora, as medidas já estavam sendo planejadas. 

Depois da abertura de cinco salas de hidratação, nas quais os pacientes recebem soro para evitar complicações da dengue, a UAI Pampulha é a próxima a receber o serviço com uma sexta sala.

As demais UAIS que já têm salas de hidratação abertas são as dos bairros Luizote de Freitas, Planalto, Roosevelt, Martins e Tibery. Parte dessas unidades já recebeu tendas e equipamentos para montagem de espaços externos no intuito de receber mais pacientes para hidratação.

Segundo o assessor da rede de urgência e emergência, Clauber Lourenço, isso pode acontecer a qualquer momento dependendo do volume de atendimentos nesses locais. As salas estão abertas 24h por dia nas UAIs.

REGIÃO SUL
O assessor esclareceu ainda que a região sul de Uberlândia teve um aumento de até 20% nas notificações da doença entre a última terça-feira (26) e nesta quarta-feira (27).

A maior incidência pode levar ainda à abertura de uma sétima sala de hidratação na região nos próximos dias. A sala funcionaria na UAI do bairro São Jorge.

 
DRONES
Nesta tarde (28), a Administração Municipal também informou que vai utilizar drones para identificar os imóveis com criadouros do mosquito Aedes Aegypti. A estratégia visa contribuir para o trabalho do Programa de Controle da Dengue que encontra dificuldades para entrar nos imóveis e fazer o devido trabalho de combate. 

Os testes, segundo o Município, foram realizados nesta semana e os equipamentos começarão a ser usados na região oeste, onde está concentrado o maior índice de notificações dos casos suspeitos de dengue (41,06%). 
As imagens são sigilosas e ficarão sob responsabilidade da equipe técnica do programa, auxiliando estritamente na identificação de focos do mosquito. Elas não serão divulgadas. 

PREVENÇÃO E COMBATE
A Prefeitura ainda informou que foi autorizada a compra de dez termonebulizadores, equipamento que é acoplado em um veículo, como no conhecido fumacê. Também foi feito o pedido de compra de adulticida.

Essas medidas reforçam o trabalho de combate ao mosquito adulto, que hoje é feito por meio de recursos do Estado, que fornece tanto o veneno quanto o único veículo atualmente usado no trabalho do fumacê.

Contudo, para que o trabalho seja efetivo em todas as frentes, a Prefeitura pede a conscientização da população quanto à prevenção ao mosquito Aedes.

O primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), divulgado em janeiro, mostrou que 5,2% dos 12.582 imóveis vistoriados tinham focos de reprodução do agente transmissor da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela. Dos locais visitados, 76% eram residências com criadouros. Deste percentual, 95% corresponde aos focos encontrados nos quintais.

PRIMEIRA MORTE
Clauber esclareceu que a primeira vítima fatal da dengue neste ano é uma mulher de 40 anos, que residia no bairro Roosevelt, na zona oeste, e não apresentava histórico de doenças. A morte foi no início de fevereiro e desde então era esperado o resultado do exame para comprovação se era uma morte em decorrência do vírus da dengue, o que é de responsabilidade do Governo Estadual.

O laudo chegou à Prefeitura na terça-feira (26) no fim do dia. “Quando o paciente chega à rede com suspeita de dengue, o caso é notificado e é feita a coleta do exame e enviada a Belo Horizonte. Todos os casos suspeitos são tratados como se fosse dengue, mesmo que depois a doença não venha a ser confirmada”, disse Lourenço.

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