A primeira morte por dengue em Uberlândia foi confirmada no início da manhã desta quinta-feira (28), pela Vigilância Epidemiológica da cidade. O município já conta com mais de 3 mil notificações de casos suspeitos de dengue.
“Infelizmente, tivemos a primeira confirmação de óbito por dengue. É uma situação que nos deixa triste, pois estamos trabalhando diariamente para que isso não aconteça. Por isso, faço um apelo para a comunidade nos ajudar a eliminar esses criadouros que estão nos quintais. A dengue tem risco de morte e essa confirmação é a prova disso”, destacou o assessor técnico da rede de urgência e emergência, Clauber Lourenço.
INICIATIVAS MUNICIPAIS
O último balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), referente à nona semana do ano, aponta um aumento de 922 casos em comparação com a última semana. No mesmo período de 2018, foram 277 registros.
O primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), divulgado em janeiro, também preocupa: 5,2% dos 12.582 imóveis vistoriados têm focos de reprodução do agente transmissor dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela. Dos locais visitados, 76% eram residências com criadouros. Deste percentual, 95% corresponde aos focos encontrados nos quintais.
De acordo com o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, José Humberto Arruda, o principal empecilho para o trabalho dos agentes de saúde é justamente a falta de hábito dos moradores com a limpeza e cuidados com os quintais.
“De forma recorrente, pesquisa após pesquisa, percebemos o criadouro dentro do quintal. O maior desafio é levar uma mensagem de conscientização que provoque no cidadão o entendimento e a atitude. Às vezes, o morador acha que o foco está na casa do vizinho, sendo que na verdade pode estar até na casa dele. Reforço com a população: olhem os quintais e compartilhem o máximo de informação possível com os familiares, amigos e vizinhos. A dengue mata e temos que evitar isso”, acrescentou Arruda.