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28/02/2019 às 08h11min - Atualizada em 28/02/2019 às 08h11min

Cinderela dos tempos modernos

Livro de Paula pimenta ganha adaptação para o cinema com elenco jovem e experiente dirigidos por Bruno Garotti

ADREANA OLIVEIRA
Foto: Divulgação
Um conto de fadas contemporâneo. Assim pode ser descrito, a princípio, “Cinderela Pop” (100 min, classificação Livre), longa baseado no livro da escritora Paula Pimenta que chega hoje às salas de cinema de todo o Brasil com direção de Bruno Garotti e roteiro de Marcelo Saback. No papel principal, uma das jovens estrelas mais promissoras do entretenimento brasileiro, Maisa Silva, no papel de Cíntia, a aluna dedicada – e DJ nas horas vagas - que tenta uma bolsa para es-tudar produção musical em uma universidade de Londres, Inglaterra.

Com o codinome DJ Cinderela, ela começa a fazer sucesso em baladas, mesmo contra a vontade do pai. E o filme começa mostrando Cíntia antes da DJ. A menina resolve surpreender os pais na festa de aniversário de casamento ao tocar “Für Elise”, clássico de Beethoven, ao piano, porém, com um toque de modernidade. As coisas não acabam bem e a menina ainda flagra a traição do pai, César (Marcelo Valle), com a organizadora da festa, Patrícia (Fernanda Pais Leme).

A mãe de Cíntia, Ana (Miriam Freeland) sai de casa e a separação leva a jovem a perder a fé no amor. Patrícia se muda para a casa de César com as duas filhas, a invejosa Graziele (Letícia Pedro) e Gisele (Kiria Malheiros).

Porém, é nessa festa que Cíntia “esbarra” pela primeira vez com o músico Fredy Prince (Filipe Bragança) e esta é uma história que está apenas começando. Um elenco jovem, mas experiente, é um dos trunfos do diretor Rodrigo Garotti, que conversou com a reportagem do Diário de Uberlândia, que também teve acesso ao longa antes da estreia.

Expoente da nova geração do cinema brasileiro, aos 34 anos, Garotti está em sua terceira realiza-ção cinematográfica. Ele assina também “Tudo por um Pop Star” e “Eu Fico Loko”. Por isso ele já conhecia bem os atores e quando leu o livro de Paula Pimenta e conversou com o produtor Ro-drigo Montenegro (Panorâmica) ele já tinha praticamente cada um deles escalado.

“Essa história que é meio fábula precisava de um tom cômico sem perder o romantismo e a emo-ção. E para chegar no tom certo convidei quem eu tinha certeza que entregaria na atuação o que era esperado. O livro é o máximo e é um privilégio trabalhar no filme. Adoro como a Paula trata a história da Cinderela adaptada aos dias de hoje. Abordamos mais do que o amor em relação ao outro, mas o amor próprio também. O fato de encontrar o príncipe não ser o objetivo principal da nossa Cinderela já torna tudo menos óbvio”, disse o diretor.

Garotti afirma que investir em produções infanto-juvenis é uma forma de trabalhar com a for-mação de público a longo prazo. Ele elogia Maisa, que empresta maturidade e personalidade para Cíntia. Filipe Bragança é outro destaque. O ator, com vasta experiência em musicais, canta, dança interpreta, é o pacote completo. “O galã é sempre meio ingrato e o Filipe trouxe verdade para o Príncipe. Para ele o céu é o limite. E a química com a Maisa foi fenomenal desde os primei-ros testes”, contou.

Fernanda Paes Leme está ótima como a madrasta cuja relação com as filhas parece mais uma estratégia comercial. “Elas e a Maisa dividem bem o tempo de tela e o que mais gosto no filme é como uma se transforma em um obstáculo para a outra”, disse o diretor. Para Garotti é importante que o jovem se veja retratado nas telas e tenha a oportunidade de ver livros nacionais chegarem às telonas, mesmo com tanta concorrência de fora. “Temos que produzir um filme aqui com um orçamento abaixo do ideal e competir com produções milionárias que cobram o mesmo preço de ingresso. Não parece justo mas é uma luta que a gente vai continuar”, disse Garotti.

A AUTORA

Paula Pimenta acompanha toda a produção


A mineira Paula Pimenta terá novas obras adaptadas para os cinemas | Foto: Divulgação

A escritora mineira Paula Pimenta atende à ligação do Diário de Uberlândia com entusiasmo. Uma de suas melhores amigas mora na cidade e ela tem boas recordações daqui. É possível ouvir ainda um bebê ao fundo, Mabel, primeira filha de Paula, de cinco meses. “Estou voltando da licença-maternidade agora. O que posso te dizer é que a maternidade aumenta a sensibilidade da gente”.

“Cinderela Pop” é o primeiro de uma série de livros seus que ganhará adaptação para o cinema. A versão impressa ganhou nova edição da Record, com capa que traz na capa três dos atores do longa.

Paula participou de todas as pré-estreias do filme e não foi só isso. “Desde o início eu deixei claro que estaria envolvida em toda a produção. Detesto quando vou ao cinema e vejo que ‘estragaram’ um bom livro”, comentou.

A protagonista, Maisa Silva, ela não conhecia pessoalmente até 2017, mas sabia de sua trajetória no entretenimento, o que caiu muito bem para a Cíntia. “Ela também adora música, nos encontramos na Bienal do Livro em 2017, saímos para jantar e falar sobre o livro e vi o quanto ela é fofa”, disse Paula, que já vendeu mais de 2 milhões de livros.

Ela disse que aprendeu muito no processo com o diretor Bruno Garotti. “Entendi que algo que fica bem no livro não fica bem no cinema, entendi as adaptações e gostei delas. Para o diretor, é um grande desafio transformar um livro em filme porque a partir da leitura cada um tem seu próprio filme. “Creio que fui fiel ao livro e espero que o público aprecie mesmo durante os festejos de Carnaval”.


FICHA TÉCNICA

CINDERELA POP
Produtora: Panorâmica
Coprodução: Miravista
Distribuição: Galeria Distribuidora e Buena Vista International
Diretor: Bruno Garotti
Roteiro: Marcelo Saback

ELENCO
Maisa Silva como Cíntia (Cinderela)
Fernanda Paes Leme como Patrícia (Madrasta)
Filipe Bragança como Fredy Prince (Príncipe)
Miriam Freeland como Ana
Marcelo Valle como César
Elisa Pinheiro como Helena
Sérgio Malheiros como Rafa
Giovanna Grigio como Belinha
Bárbara Maia como Lara
Letícia Pedro como Graziele
Kiria Malheiros como Gisele
Leo Cidade como André
Matheus Costa como Diego
Isabel Filardis como Lucia

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