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17/02/2019 às 09h39min - Atualizada em 17/02/2019 às 09h39min

Número de motoristas alcoolizados cresce 18,7% em Uberlândia

Foram 425 casos registrados em 2018, contra 358 no mesmo período do ano anterior

MARIELY DALMÔNICA
Condutor não é obrigado a fazer teste, mas sintomas de embriaguez já permite infração | Foto: Imprensa MG
Em 2008, quando tinha 24 anos, Bruno* saiu de uma festa da empresa em que trabalhava, deu carona para alguns amigos, e quando estava finalmente indo para casa, passou em uma blitz da Polícia Militar (PM) na avenida Floriano Peixoto, região Central de Uberlândia. Quando solicitado, ele estacionou o carro, como sempre fazia nessa situação, mas diferença é que desta vez estava dirigindo depois de ingerir bebida alcoólica.

“Eu fiz o bafômetro igual o policial pediu e fui detido. Me encaminharam para a delegacia e lá eu prestei depoimento. Depois de um tempo chegou a intimação. Foi determinado, conforme a lei, dois anos marcando presença no Fórum e um ano de suspensão da carteira”, disse.  De lá para cá, muitos casos como o do Bruno têm sido registrados em Uberlândia.

Com a intensificação na fiscalização, segundo o Major da PM Rodrigo Brasil, o número de condutores com sintomas de embriaguez ao volante aumentou 18,7% de 2017 para 2018 no município. Foram 425 casos registrados no ano passado (janeiro a dezembro), contra 358 no mesmo período anterior.

Em Uberlândia, são realizadas blitze todos os dias, em horários variados. Nos fins de semana, o número de delitos é maior, principalmente durante a noite, afirmou o Major. “Focamos na questão da fiscalização. O objetivo não é fazer prisão, é reduzir a incidência criminal.”

Quando o motorista é pego dirigindo embriagado, ele tem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa por 12 meses. A notificação é feita por meio de uma carta e o condutor pode apresentar defesa em até 30 dias. De acordo com o Major Rodrigo, o condutor não é obrigado a fazer o uso do bafômetro, mas se apresentar sintomas de embriaguez, também irá se encaixar na infração. “O policial vai fazer um boletim de ocorrência e no histórico vai contar todas as observações. Entra a questão da prova testemunhal”, afirmou.

Na época em que Bruno cometeu a infração, pagou pouco mais de R$ 900 de multa, atualmente a penalidade passou para R$ 2.934,70. “Antes de passar por isso, a gente não mede muito as consequências. Hoje eu evito dirigir depois de beber. Se é lei temos que seguir, concordando ou não”, afirmou o condutor.

Leia a reportagem completa na edição impressa do Diário de Uberlândia deste domingo (17). 

 
 * O nome do entrevistado foi alterado a seu pedido.


 
 
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