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30/10/2018 às 08h28min - Atualizada em 30/10/2018 às 08h28min

Primeiros nomes da transição saem na 4ª

Equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro terá até 50 pessoas, com remunerações que variam entre R$ 2,5 mil a R$ 16,5 mil

FOLHAPRESS
Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil de Temer, será o coordenador da equipe de transição que começa trabalho hoje | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, se encontrará com o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) na quarta-feira (31), quando Padilha receberá os primeiros nomes da equipe de transição do novo governo. Padilha deu entrevista coletiva ontem e falou sobre uma conversa que teve com Lorenzoni logo após a confirmação do resultado das eleições.

“Me dizia ele que na quarta-feira a intenção é vir com os primeiros nomes para composição da equipe de transição. Esta equipe terá até 50 pessoas”, explicou Padilha. Lorenzoni é o indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para assumir a Casa Civil em seu governo e será o provável coordenador da equipe de transição do lado do novo governo.

Essas 50 pessoas serão nomeadas para Cargos Especiais de Transição Governamental. Esses cargos poderão ser ocupados a partir de hoje e devem ficar vagos até o dia 10 de janeiro, conforme disposição legal.
 
REMUNERAÇÃO
 
Essa equipe nomeada em caráter especial receberá salários que vão de R$ 2.585,13 até R$ 16.581,49. São oito cargos diferentes, de indicação de Bolsonaro. Vinte e cinco desses indicados receberão R$ 9.926,60 e dez terão salário de R$ 13.036,74. São os dois cargos com o maior número de ocupantes. O cargo de coordenador é o de maior salário, mas se Onyx Lorenzoni for o indicado, ele não poderá receber a remuneração, uma vez que já recebe como deputado federal e não poderá acumular as duas funções.

Cada um dos integrantes da equipe do presidente eleito receberá um telefone celular com acesso ao sistema chamado Governa. É nesse sistema que foram inseridos todos os dados do atual governo, desde cargos do serviço público até programas e obras em andamento.

O governo de transição vai trabalhar em uma estrutura já organizada, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), localizado a 4 quilômetros do Palácio do Planalto. Os trabalhos de transição entre os governos Temer e Bolsonaro ocuparão a ala norte do CCBB, uma área de 1.950 metros quadrados. Lá estarão os gabinetes dos futuros presidente e vice-presidente, além de mais 20. No total, serão 78 posições de trabalho. Segundo Padilha, tudo está pronto, esperando apenas a movimentação da equipe do governo eleito.

Padilha reforçou as falas recentes do presidente Temer a respeito de trabalhar por uma transição tranquila e transparente. “A intenção do presidente Michel Temer é fazermos uma transição com a maior transparência possível, ofertando todas as informações que estejam disponíveis no governo e sejam solicitadas, para que tenhamos, desde logo, o Brasil andando. Ele [Temer] tem sido o presidente do diálogo, da aproximação, e esse processo de transição servirá para selarmos o compromisso do presidente com os brasileiros”.
 
DIFICULDADE
 
Coordenador da transição, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, previu que o novo governo terá um caminho árduo pela frente. “Não teremos dias de facilidade não; teremos dias de dificuldade e precisaremos estar unidos”, afirmou, em entrevista exclusiva à jornalista Roseann Kennedy, em programa que iria ao ar ontem à noite na TV Brasil.

Entre as dificuldades apontadas pelo ministro está a negociação da reforma da Previdência no Congresso, que o governo Jair Bolsonaro pretende iniciar, sob nova forma, somente em 2019. Padilha julga que o período de “lua de mel” entre o novo presidente da República e o Legislativo, que ele estima entre 90 e 120 dias, não será suficiente para aprovar um novo modelo de reforma.

“Vai precisar de mais de 90 dias para fazer. Seria bom aproveitar esses 60 dias [do governo Temer] para ver até onde se avança”, recomendou. O presidente Michel Temer já se colocou à disposição para dar, até 31 de dezembro, encaminhamento à proposta de reforma já aprovada em comissão especial da Câmara.

“Se houver interesse do novo governo em incrementar essa proposta, teremos toda a disposição de ajudar”, reafirmou Padilha. “Primeiramente, precisamos ver se eles querem acelerar”, completou.
 
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