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18/10/2018 às 09h08min - Atualizada em 18/10/2018 às 09h08min

Escolas projetam alta de até 6% nas mensalidades

Valor poderá variar, já que depende dos custos de cada unidade

MARIELY DALMÔNICA
Segundo sindicato, variação em 2019 deverá ficar na margem aplicada neste ano | Foto: Agência Brasil/Arquivo
No próximo ano, as escolas particulares de Uberlândia terão um reajuste de cerca de 6% no valor das mensalidades, de acordo com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Triângulo Mineiro (Sinepe-TM). Os valores são readequados de acordo com diversos gastos e são definidos através da planilha de custos de cada escola.

Segundo Átila Rodrigues, presidente do Sinepe-TM, o valor de reajuste para 2019 é semelhante ao de 2018, que variou entre 5% e 7%. “Não é um valor fixo porque nossos preços são definidos pela planilha de custos, e cada escola tem a sua. Escola com educação infantil tem um custo maior porque precisa de monitores. E nós também tivemos um aumento de custos em função da educação inclusiva, que nos fez acrescentar profissionais. Esse aumento de custo sempre é dividido pelo número de alunos pagantes, então chegamos em torno de 6% para o próximo ano”, afirmou Átila.

Alguns fatores que são levados em conta durante o reajuste são a evasão escolar e a inadimplência. “A gente está com uma expectativa que possa diminuir em 20% a evasão, enquanto para a inadimplência não tem estimativa. No final do ano, entre setembro e novembro, os pais fazem acordos para resolver a inadimplência, porque a escola particular não está obrigada a rematricular o aluno que deve. Uma quantidade de pais deixa para o ano seguinte, por isso não consideramos uma redução significativa”, disse a presidente do Sinepe.

Ainda de acordo com Átila, o valor do reajuste costuma ser próximo ao custo da instituição. “A escola particular tem se desdobrado para manter o nível de qualidade. Entendemos que o nível econômico do país influencia, por isso administramos os acordos e parcelamentos. Não estamos trabalhando há anos com margem de lucro.”

O salário dos professores e o aumento na mensalidade das escolas não estão atrelados, de acordo com Átila, e o reajuste dos profissionais deve ser feito apenas no próximo ano. “A data base do reajuste do salário dos professores é março.Trabalhamos com o INPC  [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] acumulado nos últimos 12 meses. A previsão é que o ano feche com o INPC em 4,5%, mas no começo de 2019 pode reduzir”, disse Átila Rodrigues.
 
ALTO CUSTO
 
A contadora Andréia Marins de Oliveira tem cinco filhos entre 8 e 20 anos: Ana Clara, Clóvis, Sophia Gabriele, Sara Polyane e Débora. Ela tirou os três mais velhos da escola particular há cerca de oito anos, quando se mudou de Curitiba, no Paraná, para Uberlândia. “Os dois mais novos sempre estudaram em escola pública. Hoje, meus quatro filhos mais novos estudam na Universidade da Criança e a mais velha está na faculdade. Ela faz Ciências Sociais em uma faculdade particular de Curitiba, é a única.”

Andréia ainda deseja matricular os filhos mais novos em uma escola particular, mas não tem condições de pagar quatro mensalidades ao mês. “São muitos filhos, não posso dar o privilégio para um, e com o tempo ficou muito difícil de cobrir todos. No começo eles sentiram falta da escola particular porque é diferente. Mas a gente se desdobra, todos meus filhos que moram comigo em Uberlândia frequentam o Conservatório, e o Clóvis vai ao futebol”, disse.
 
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