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11/10/2018 às 08h36min - Atualizada em 11/10/2018 às 08h36min

Ciro anuncia apoio a Haddad, mas com ressalvas

FOLHAPRESS
A ofensiva petista para convencer Ciro Gomes a aderir à candidatura presidencial de Fernando Haddad, inclusive ocupando posto no comando da campanha eleitoral, não foi bem-sucedida. Em rápida entrevista concedida nesta quarta-feira (10), em Brasília, o terceiro colocado na eleição presidencial deste ano anunciou um apoio crítico ao petista, contra o que chamou de fascismo. "Abaixo a ditadura e viva a democracia", disse.

O acordo foi antecipado na segunda-feira (8) pela Folha de S.Paulo. Em decisão, a executiva nacional do PDT liberou os filiados ao partido a apoiarem o petista ou declararem neutralidade. A única proibição estabelecida, com a possibilidade de expulsão, é o apoio a Jair Bolsonaro, do PSL. Nos últimos dias, o senador eleito Jaques Wagner (PT-BA) e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, procuraram dirigentes pedetistas em torno de uma adesão à candidatura petista. Em um aceno a Ciro, Haddad incorporou propostas do adversário em seu programa de governo e se reuniu com Mangabeira Unger, um dos principais conselheiros do pedetista.

Magoado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem acusa de ter atuado para esvaziar sua candidatura, no entanto, Ciro decidiu manter a postura crítica. A ideia é de que ele faça críticas a Bolsonaro durante o segundo turno, mas evite subir no palanque do petista. O acordo também prevê que nenhum integrante do partido faça parte de uma eventual gestão Haddad e que a sigla se mantenha no campo da oposição independentemente de quem vença o processo eleitoral. O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, defende que, no dia seguinte à posse, Ciro seja anunciado como candidato à sucessão presidencial em 2022.

"O Ciro não subirá em nenhum palanque. Nós somos mais um voto contra o Bolsonaro, aos riscos que ele representa, do que ao Haddad", disse Lupi.

DEM
O DEM decidiu ficar neutro no segundo turno da corrida presidencial. A maioria dos integrantes do partido deve apoiar Jair Bolsonaro (PSL), mas a sigla preferiu não fazer uma adesão formal à candidatura. O comando da legenda emitiu nota em que faz duras críticas ao PT e expõe um alinhamento com a plataforma de Bolsonaro. O texto, entretanto, anuncia que os filiados estarão livres para tomar qualquer posição no segundo turno entre o candidato do PSL e Fernando Haddad (PT).

Tanto dirigentes do DEM quanto aliados de Bolsonaro acreditam que uma adesão formal poderia trazer desgastes tanto para a sigla (que ainda tem dúvidas sobre o candidato) quanto para o presidenciável (que construiu uma imagem de afastamento em relação aos partidos tradicionais).
 
 
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