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09/10/2018 às 07h55min - Atualizada em 09/10/2018 às 07h55min

Região perde força em Brasília e BH

Triângulo e Alto Paranaíba elegeram 12 representantes para a Câmara e Assembleia, nas últimas eleições foram 17

NÚBIA MOTA
Para Felipe Attiê não houve um esforço de Odelmo Leão (PP) para eleger deputados da cidade | Foto: Daniel Protzner/ALMG
Enquanto em 2014, o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba elegeram 17 representantes para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Almg), dessa vez o número de candidatos eleitos nas regiões caiu para 12 nomes. Em Uberlândia, o único a representar a Câmara Federal será Weliton Prado (Pros), reeleito para o cargo pela terceira vez. Para deputados estaduais, foram reeleitos Luiz Humberto Carneiro (PSDB), Leonídio Bouças (MDB) e Elismar Prado (Pros). Ficaram de fora Arnaldo Silva (DEM), que tentava se reeleger para a Assembleia e o também deputado estadual Felipe Attiê (PTB), que dessa vez pleiteava uma  vaga na Câmara Federal, mas não conseguiu votação suficiente, faltando pouco mais de 2 mil votos para assegurar uma cadeira.
 
Em agosto desse ano, em entrevista ao Diário de Uberlândia, o consultor político Leandro Grôppo já havia previsto essa queda no número de representantes em Uberlândia.  Na época, ele falou sobre o risco de pulverização dos votos devido o aumento de candidatos, que dobraram de quantidade em relação ao último pleito. Em 2018, foram 28 candidatos a deputado federal e 45 para estadual, enquanto em 2014 eram 12 concorrentes a deputado federal e 24 a deputado estadual.
 
Outro ponto levantado por Grôppo foi em relação ao nome da primeira-dama Ana Paula Procópio Junqueira (PP) que disputou uma vaga no Congresso Nacional, depois da desistência de Rodrigo Pacheco ao Governo do Estado, como quem ela formaria chapa como candidata a vice-governadora. “A desistência do Rodrigo Pacheco para o governo de Minas foi um golpe para o Odelmo. Ele (Odelmo) apoiava o Anastasia e de repente o Rodrigo Pacheco se candidata a senador na chapa do Anastasia e leva o Renzo Braz, que seria candidato a senador, como suplente dele. A Ana Paula não ficou com nada e ainda saiu queimada com o Anastasia. Isso é péssimo para a cidade, porque ela ainda vai atrapalha outros candidatos de Uberlândia e não vai ser eleita”, afirmou Grôppo na época. Dos candidatos federais com domicílio eleitoral em Uberlândia, Ana Paula foi quem obteve maior votação local, com 48.839 na cidade e 62.815 no estado.
 
Para Felipe Attiê, que ficou na vaga de primeiro suplente dentro da coligação PMN-PTB-PSC, não houve um esforço do prefeito municipal Odelmo Leão (PP) para garantir uma representação de Uberlândia dentro da Câmara Federal e Assembleia. “O que aconteceu também é que o povo quis uma mudança e a gente precisa respeitar o povo. Teve também muita fake News sobre mim e um desgaste sobre minha imagem. Outra coisa que atrapalhou muito foi esse tanto de candidato. Mas vamos seguir a vida, eu não nasci deputado”, disse Felipe Attiê, que obteve 30.120 votos, sendo 14.771 locais. (Confira uma entrevista com o Prefeito de Uberlândia na página A4).
 
CIDADES VIZINHAS 
Na vizinha Uberaba, Franco Cartafina (PHS) vai ocupar o Congresso Nacional e Heli Andrade Grilo (PSL) vai para a Assembleia. Já os deputados federais Adelmo Carneiro Leão (PT), Aelton Freitas (PR), Caio Narcio (PSDB) e os deputados estaduais Antônio Lerin (PSB) e Tony Carlos (MDB) não conseguiram se reeleger e ficarão fora da próxima legislatura. Araguari terá dois representantes, uma para cada Casa. Para Belo Horizonte vai Raul Belém (PSC) e para Brasília, José Vitor (PMN).
 
Iturama tem Zé Silva (Solidariedade) na Câmara Federal. Ituiutaba tem como representante André Janones (Avante) para a Câmara dos Deputados, que foi o terceiro candidato mais votado do estado 178.660 votos. Em Patos de Minas, tudo ficou como era antes e Doutor Hely (PV) foi reeleito para o sétimo mandato como deputado estadual, sendo o terceiro consecutivo. Em Patrocínio, Greyce Elias será a única a representar o município na Câmara Federal.
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