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04/10/2018 às 08h23min - Atualizada em 04/10/2018 às 08h23min

Banda gaúcha está de volta à cena

Ultramen fala com o Diário sobre o álbum “Tente enxergar”, o 5º da carreira

IGOR MARTINS
Ultramen iniciou sua trajetória na música em 1991, em Porto Alegre (RS) e segue firme | Foto: Ricardo Lage/Divulgação
A música nacional e internacional teve, ao longo de sua trajetória, grandes histórias de bandas e artistas que perduraram no cenário musical por anos e anos com seus hits e melodias mais famosos. Entretanto, é curioso observar que alguns desses grupos musicais duraram tão pouco tempo em suas épocas. The Beatles, Nirvana, Led Zeppelin, Sex Pistols. Sem contar Jimmy Hendrix e os Mamonas Assassinas, que deixaram um vazio na vida dos fãs da música.

A longevidade musical é um grande desafio para quem vive graças à música. Até mesmo para bandas mundialmente conhecidas. Todas têm um início, meio, um período de decadência, e um fim. Formado na cidade de Porto Alegre (RS), o Ultramen é um desses grupos com muito chão percorrido. Desde 1991, os gaúchos produzem canções totalmente autorais e acabam de lançar o 5° álbum da carreira, “Tente enxergar” (Hearts Bleed Blue, R$ 23,90).

Formado por Tonho Crocco (vocal), Pedro Porto (baixo), Zé Darcy (bateria), DJ Anderson (toca-discos), Malásia (percussão) e Leonardo Boff (teclado), o Ultramen é um grupo que mistura vários tipos musicais em suas canções. Do samba rock, chega o reggae. Do reggae, mistura com rock e rap. A banda ainda contempla o soul e o funk. Tudo isso fica marcado na característica sonora dos porto alegrenses.

Característica marcante da banda, foi essa mescla inusitada de diferentes estilos musicais fez com que o Ultramen ganhasse notoriedade no início da década de 90, surgindo no cenário musical brasileiro junto a bandas como Planet Hemp, O Rappa e Nação Zumbi. E é assim que os integrantes trabalharam em “Tente enxergar”.

O primeiro álbum dos gaúchos saiu em 1998, o “Rock it!”. Desde então, “Olelê” (2000), “O incrível caso da música que encolheu e outeas histórias” (2002), “Capa preta” (2005) e “Máquina do Tempo” (2016) foram lançados. Disponível nas plataformas digitais e em mídia física e K7, os integrantes do Ultramen falaram ao Diário de Uberlândia sobre o mais recente trabalho.

Para o tecladista Leonardo Boff, o Ultramen atingiu sua maturidade ainda no segundo disco, lançado em 2000. Para ele, o álbum mostra bem as características e a sonoridade do grupo gaúcho. Ele ainda acredita que sua turma pode atingir o auge musical. “A gente continua buscando superação. Nosso auge só vai chegar quanto nós não tivermos mais capacidade de criação e renovação. As referências vão aumentando, a transformação também existe, mas sem mudar a essência. Nossa motivação de fazer música não vai acabar enquanto estivermos vivos”, completou.

Vocalista da banda desde sua criação, Tonho Crocco afirmou que o cenário da música no país mudou muito desde que o Ultramen entrou em cena. “Agora tem MP3 e várias mídias de streaming. Quando começamos, não tinha nem CD, era fita K7 mesmo”, relembrou. O músico ainda acredita que as produções de videoclipes se tornaram muito mais práticas e acessíveis. “A promoção da banda era feita pela rádio, hoje é o YouTube. Fazer um videoclipe ficou muito mais fácil, temos acesso às câmeras de celular. Quando começamos era complicado, tudo era muito caro”, finalizou o gaúcho.

Com 12 canções no álbum, o baixista Pedro Porto disse que “Tente enxergar” reflete várias das influências da banda. “Vamos do hardcore ao soul music, sempre tentando manter a nossa identidade. Quem já conhece a nossa música, vai identificar os sons, como o toca-discos, a percussão, os sintetizadores, as letras com cunho social. Todos estes elementos se tornaram a nossa marca sonora”.

Músicas:
“Pineal”
“Tente enxergar”
“Fala por ti”
“Felicidade espacial”
“Tive tudo”
“O chaveiro”
“Going crazy”
“Hedonistas hediondos”
“Boom clack”
“Robot baby”
“O futuro é amanhã”
“A humanidade”
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