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13/09/2018 às 08h06min - Atualizada em 13/09/2018 às 08h06min

Bases militares se preparam para chegada de furacão

FOLHAPRESS
Chegada do furacão Florence está prevista para esta quinta-feira na costa leste | Foto: Nasa
A Marinha está retirando seu pessoal e seus navios, e a Força Aérea e o Exército estão transferindo suas aeronaves mais sofisticadas para outros lugares como precaução, diante da iminente chegada do furacão Florence à costa leste dos EUA, prevista para esta quinta-feira.

Os estados de Carolina do Norte, Carolina do Sul, Virgínia, Maryland e o Distrito de Colúmbia, onde fica a capital, Washington, declararam estado de emergência na terça (11). Ontem, o Florence foi rebaixado para categoria 3 (em uma escala de 5), com ventos máximos de 205 km/h, e encontrava-se cerca de 700 km ao sul de Wilmington, Carolina do Norte. Apesar de ter passado de categoria 4 para categoria 3, autoridades alertam que a tempestade segue sendo extremamente perigosa. Um funcionário do serviço meteorológico em Wilmington disse: "Esta provavelmente será uma tempestade histórica para porções da costa das Carolinas". "Não posso enfatizar o suficiente o potencial de destruição pelos ventos, tempestades e inundações."

Algumas das mais conhecidas bases militares do país estão na região, como Camp Lejeune, em Jacksonville, na Carolina do Norte, Naval Station Norfolk, na Virgínia e o Marine Corps Recruit Depot, na Parris Island, na Carolina do Sul.
Não houve retirada obrigatória para os marines e suas famílias do Camp Lejeune, mas milhares deixaram o local. O comando geral afirmou que quem ficasse teria comida, água e proteção, apesar de a base estar na rota projetada para o furacão. "Desde 1941, esta base e seus marines estiveram posicionados para lidar com crises dentro e fora do país, e o furacão Florence não é uma exceção", afirmou o general Julian D. Alford.

Todo o pessoal não essencial foi liberado do trabalho na base e informado de que poderiam se transferir para um raio de 800 km de Jacksonville. Nat Fahy, porta-voz do comando, disse que a base é o lugar mais seguro para quem ainda não havia fugido. Dos cerca de 40 mil militares ativos em Lejeune, cerca de três quartos vivem na base. Fahy afirmou não saber ainda quantos haviam decidido ficar. Colin Richards, mergulhador da Marinha baseado na Joint Expeditionary Base Little Creek-Fort Story, em Virginia  Beach, estava entre os que decidiram sair, principalmente por causa da filha de um mês de idade. "É muito simples, não queremos ficar sem eletricidade com uma recém-nascida", afirmou.

Recrutas da maior instalação de treinamento dos fuzileiros navais na costa leste deixaram o local na terça, mas a ordem de retirada foi cancelada depois que o furacão mudou sua trajetória para o norte. A maior parte dos mais de 8 mil marines e funcionários de apoio ficaram na base na Parris Island. Em Fort Bragg, base do Exército na Carolina do Norte, a maior parte da frota de helicópteros da 82nd Airborne Division foi transferida para duas localidades na Geórgia.

Na Virgínia, a Marinha emitiu na terça uma ordem de saída emergencial para funcionários militares e civis, suas famílias e reservistas que vivem nas áreas costeiras. Mais de 30 navios foram transferidos para águas mais tranquilas no oceano Atlântico. A Força Aérea e a Guarda Nacional Aérea transferiram seus jatos da costa da Virgínia para o Ohio.
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