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04/09/2018 às 08h02min - Atualizada em 04/09/2018 às 08h02min

Canhão fabricado em Uberlândia estava no Museu

DA REDAÇÃO
Foto: Divulgação
Uma das peças que se encontrava no acervo do Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro tinha origem uberlandense e foi utilizada numa das últimas batalhas da Revolução de 1930, que culminou no golpe de Estado que depôs o presidente Washington Luís. Trata-se do canhão "Emílio", fabricado na fundição da família Crosara.

O Triângulo Mineiro ficava entre dois estados inimigos – São Paulo e Goiás. Com a tropa mineira em menor número, o canhão foi decisivo para que os goianos se rendessem. Foram feitos dois disparos. Um deles atingiu a torre de uma igreja em Itumbiara. O segundo arrebentou a roldana que mantinha a ponte pênsil na divisa entre os dois estados.

Segundo reportagem do Almanaque Uberlândia de Ontem e Sempre, a arma, que na verdade é um morteiro, recebeu o nome em homenagem a um dos filhos do fabricante, o industrial e comerciante italiano Cesário Crosara. De acordo com o relato do engenheiro Rugles Crosara, outro filho do fabricante, a arma foi produzida por materiais improvisados, a mando do Exército. O canhão teve como corpo um poste de iluminação feito em aço e serrado ao meio e colocado em um tubo de oxigênio. Já o petardo (a bala), teve como matéria-prima uma lata cheia de dinamite, parafuso, prego e grampo de cerca. Antes de levar a engenhoca para o fronte, os militares fizeram testes em Uberlândia para ajustar a pontaria e a distância percorrida pelos projéteis.

O canhão “Emílio” era a única peça de Uberlândia no Museu Histórico Nacional.
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