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10/08/2018 às 08h16min - Atualizada em 10/08/2018 às 08h16min

Obra de extensão de avenida gera impasse

Parte dos trabalhos na avenida Maria Silva Garcia deve ser realizada pelo Dnit e pela PMU

MARIELY DALMÔNICA | REPÓRTER
Parte dos trabalhos na avenida Maria Silva Garcia deve ser realizada pelo Dnit e pela PMU | Foto: Divulgação
Um problema que há anos afeta moradores dos bairros Granja Marileusa, Alto Umuarama, Bosque dos Buritis, Terra Nova, Jardim Califórnia, Aclimação e Buritis, na região norte de Uberlândia, e que parecia ter uma solução rápida, acabou se transformando num imbróglio. A obra de prolongamento da avenida Maria Silva Garcia está sendo feita pela iniciativa privada, e segundo o diretor de operações do Granja Marileusa, a conexão da avenida com a BR-050, deve ser realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e pela Prefeitura de Uberlândia. No entanto, a obra é desconhecida pelos órgãos públicos.

O prolongamento da avenida, que vai do bairro Granja Marileusa até o Distrito Industrial, teve início no final de julho e vai atravessar transversalmente três sistemas viários da cidade: BR-365, avenida Rondon Pacheco e o binário avenida Floriano Peixoto e avenida Afonso Pena.

De acordo com Flávio Resende, diretor de operações do Granja Marileusa, a mudança tem o objetivo de melhorar o fluxo de veículos entre as regiões norte e sul da cidade. “A avenida Maria Silva Garcia vai ser o prolongamento da avenida José Andraus Gassani. Essa obra faz parte do nosso plano de desenvolvimento e é de extrema importância. A partir do próximo ano será possível que as pessoas que trabalham no Industrial cheguem ao destino por meio do bairro Granja Marileusa. Vamos conectar o Aeroporto também, poucos sistemas da cidade fazem isso”, disse o diretor de operações.

Para Flávio, o aumento do fluxo de veículos no bairro trará melhorias para o comércio. “Será um dos principais eixos de passagem da população dessa região, essas pessoas precisam chegar na região de negócios. No primeiro semestre do próximo ano essa primeira etapa estará pronta, até a faixa de domínio de rodovia.”

Ainda segundo o diretor de operações, a obra é de responsabilidade do Granja Marileusa e o investimento total será de aproximadamente R$ 10 milhões. Um viaduto que irá transpor a ferrovia já começou a ser construído no ano passado. “Estamos conectando até chegar na parte de domínio da BR-050, a partir daquele ponto a responsabilidade é do Dnit e do Município. Quem está custeando a obra é o Granja Marileusa, mas a gente precisa do Município”, disse.  

O Diário de Uberlândia entrou em contato com a Prefeitura, e por meio de nota, a Secretaria de Comunicação informou que a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Settran) está realizando estudos técnicos para melhorar o trânsito no local. Já o Dnit informou que não é responsável pela construção de acessos e/ou interseções entre empreendimentos particulares e rodovias federais. “O Dnit analisa e aprova ou não os projetos apresentados por particulares, para que as obras sejam executadas segundo o padrão técnico exigido pela autarquia. No caso em tela, não houve qualquer compromisso do Dnit em custear as referidas obras”, informou em nota.
 
TRÂNSITO
 
Para alguns moradores e motoristas, o trânsito no local exige paciência em horários de pico. A administradora Lucivaine Ferreira mora no bairro Terra Nova e passa pelas avenidas Floriano Peixoto e Maria Silva Garcia todos os dias para chegar ao trabalho. “É o acesso principal de saída dos bairros para o Centro da cidade. Essa semana eu parei cinco vezes no semáforo para conseguir passar por lá. Tem outra alternativa, que é próximo ao Aeroporto, algumas vezes eu prefiro passar por lá para evitar o semáforo, mas o trajeto é bem mais longo”, disse Lucivaine, que espera que uma obra melhore o acesso aos bairros daquela região.

Fernanda Naves, analista de comunicação, mora no bairro Bosque dos Buritis e evita enfrentar o trânsito no horário de pico. “Quando eu preciso passar lá em certos horários, eu vou por dentro do Alto Umuarama ou do Custódio para fugir do trânsito. Essa obra facilitaria bastante o acesso à zona norte da cidade, não teríamos que dar a volta. Mas não melhora o fluxo para a zona central”, disse.

Mesmo passando pelo local em horários de grande fluxo, o consultor em telecomunicações Thiago do Valle acredita que a avenida Maria Silva Garcia é um local tranquilo. “Eu passo pelo local constantemente, tanto de carro quanto de moto. Passo lá por volta das 8h, no horário de almoço e no final do meu expediente, às 18h.”
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