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26/07/2018 às 09h39min - Atualizada em 26/07/2018 às 09h39min

Pâmela Volp será julgada por tráfico internacional de travestis e mulheres

NÚBIA MOTA | REPÓRTER
Em 2014, Pâmela Volp foi condenada a uma pena de 19 anos e 10 meses de prisão em regime fechado (Reprodução/Facebook)
Está marcado, para a próxima terça-feira (31), o julgamento em segunda instância da vereadora de Uberlândia, Pâmela Volp (PP). Ela é apontada como uma das cabeças de um esquema de tráfico de travestis e mulheres para a Europa. Em novembro de 2014, ela foi condenada, pela Justiça Federal, a uma pena de 19 anos e 10 meses de prisão em regime fechado e recorreu da sentença. Na época, outras seis pessoas também foram condenadas pelo mesmo crime.

Em contato com a assessoria do gabinete da vereadora, o Diário de Uberlândia foi informado que a defesa pediu para que Pâmela Volp não se pronunciasse nesse momento e o advogado também não concederá entrevistas. O julgamento da semana que vem acontecerá no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que funciona no prédio da Justiça Federal, na avenida Cesário Alvim 3.390, no bairro Brasil.

Em 2014, outras duas pessoas, que assim como a vereadora são conhecidas pelo nome social de Lorraine e Lu Garcia e seriam as chefes do esquema, foram condenadas as penas de 19 anos e seis meses e de 17 anos e seis meses, respectivamente, também em regime fechado. Maria José Ferreira Matos, Aurora Osório, Marcelo Carrijo e Wesley Rodrigues tiveram penas entre seis e sete anos no regime semiaberto. Dois outros réus foram absolvidos.

As condenações variam entre os crimes de tráfico internacional de pessoas, formação de quadrilha, favorecimento da prostituição e rufianismo, que é tomar vantagem da prostituição alheia. Todos os nomes foram ligados pela investigação da Polícia Federal em outubro de 2006, na Operação Caraxué, que prendeu nove pessoas em Uberlândia, Florianópolis (SC) e Franca (SP). No dia da operação, foram encontradas 12 pessoas, a maioria travestis, se prostituindo em uma casa de Pâmela Volp, no bairro Chácaras Tubalina, na zona sul.

Agressão

Em março deste ano, uma transexual de 24 anos disse ter sido agredida por cinco pessoas enquanto aguardava clientes para um programa no bairro Marta Helena. A vítima disse aos policiais e a reportagem que reconheceu uma das agressoras como sendo a vereadora Pâmela Volp.  
Na época, o Diário não conseguiu falar com a vereadora. Em nota enviada à imprensa, a assessoria de Pâmela Volp informou que essa não era a primeira vez que seu nome é envolvido em “falsas acusações”, que a parlamentar sempre lutou para honrar sua história de luta e sacrifícios e que se coloca à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento.
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