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12/07/2018 às 07h58min - Atualizada em 12/07/2018 às 07h58min

Corpo de Jacques Wilinoe é sepultado nesta sexta

NÚBIA MOTA | REPÓRTER
Jacques era natural do Congo e estava há 6 anos em Uberlândia (Facebook/Divulgação)
Será sepultado hoje, às 10h, no Cemitério Campo do Bom Pastor, o corpo do mecânico congolês Jacques Onza Wilinoe, assassinado no dia 29 de junho enquanto jogava sinuca em um bar no bairro Santa Mônica. A mãe de Jacques, Judith Toakunda Mbiti está no Brasil desde terça-feira (10) e preferiu fazer o sepultamento do filho em Uberlândia, onde ele morava há 6 anos, porque o traslado do corpo para a África ficaria caro.

O velório, que teve início às 17h de ontem, e a vinda da mãe de Jacques foram custeados por uma campanha feita pelos amigos da vítima. Na última semana, a noiva de Wilinoe, Fabiane Araújo Almeida, disse à reportagem do Diário de Uberlândia que estava confortada, mesmo em momento tão difícil, ao ver o quanto o noivo era querido entre as pessoas. O corpo do Jacques foi embalsamado um dia depois do crime e estava, desde então, no Instituto Médico Legal (IML) de Uberlândia.

Fabiana disse ainda que Jacques não tinha nenhum envolvimento com droga, nem dívidas e era calmo. Ela estava com o companheiro, com quem morava há 3 meses, no momento do crime, e disse que não sabe o motivo do homicídio e nem quem o fez, já que o assassino estava de capuz e não falou nada antes de atirar três vezes contra o congolês, que foi atingido por dois disparos na cabeça e morreu no hospital. Amigos da vítima acreditam que ela tenha sido morta por engano.
Jacques iniciou os estudos em engenharia mecatrônica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), por meio de um intercâmbio, há 6 anos. No mesmo semestre ele abandonou o curso e, desde então, continuou morando em Uberlândia, onde trabalhava em uma empresa de montagem industrial, como mecânico. Ele era formado em engenharia mecânica na África, veio para o Brasil em 2011, onde cursou Línguas na Universidade de Brasília (UnB) para aprender português.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que o inquérito para investigar o assassinato foi instaurado, mas o delegado de homicídios, Rafael Herrera, não comentará sobre o caso para não atrapalhar as investigações.
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