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11/07/2018 às 13h01min - Atualizada em 11/07/2018 às 13h01min

Mãe de africano assassinado está em Uberlândia para velório

A congolesa Judith Toakunda Mbiti está no Brasil desde esta terça-feira (10)

NÚBIA MOTA | REPÓRTER
Reprodução Facebook
A funerária Ângelo Cunha aguarda a autorização da mãe do mecânico Jacques Onza Wilinoe, de 30 anos, para dar início ao velório na tarde desta quarta-feira (17). Judith Toakunda Mbiti está no Brasil desde esta terça-feira (10) e preferiu fazer o sepultamento do filho em Uberlândia, onde ele morava há 7 anos, porque o traslado do corpo para a África ficaria caro. A previsão é que a cerimônia comece às 17h e o sepultamento aconteça amanhã, às 10h, no Cemitério Campo do Bom Pastor.  O crime aconteceu na noite do dia 29 de junho, quando Jacques jogava sinuca com a noiva e os amigos em um bar, no bairro Santa Mônica.  

O velório e a vinda da mãe de Jacques, natural da República do Congo, foi custeada por uma campanha feita pelos amigos da vítima. Hoje, a reportagem do Diário de Uberlândia tentou contato com a noiva do africano, mas ela não pode falar. Na sexta-feira (6), ela disse à reportagem que estava confortada, mesmo em momento tão difícil, ao ver o quanto o noivo era querido entre as pessoas.O corpo do Jacques foi embalsamado um dia depois do crime e está, desde então, no Instituto Médico Legal (IML) de Uberlândia.

Fabiana disse ainda que Jacques não tinha nenhum envolvimento com droga e dívidas e era calmo. Ela estava com o companheiro, com quem morava há 3 meses, no momento do crime, e disse que não sabe o motivo do homicídio e nem quem o fez, já que o assassino estava de capuz e não falou nada antes de atirar três vez contra o congolês, que foi atingido por dois disparos na cabeça e morreu no hospital. Amigos do africano acreditam que ele tenha sido morto por engano. 

Jacques era estudante de engenharia mecatrônica da UFU, por meio de um intercâmbio iniciado há 6 anos. No mesmo semestre ele abandonou o curso e, desde então, continuou morando em Uberlândia, onde trabalhava em uma empresa de montagem industrial, como mecânico. Ele era formado em engenharia mecânica na África, veio para o Brasil em 2011, onde cursou Línguas na Universidade de Brasília (UnB) para aprender português, já que no país de origem dele o idioma predominante é o francês.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que o inquérito para investigar o assassinato foi instaurado, mas o delegado de homicídios, Rafael Herrera, não comentará sobre o caso para não atrapalhar as investigaçõe
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