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06/07/2018 às 19h17min - Atualizada em 07/07/2018 às 18h17min

Uberlândia não registra casos confirmados de sarampo desde 2014

Apenas quatro casos suspeitos da doença foram notificados nos últimos oito anos

MARIELY DALMÔNICA | REPÓRTER
Uberlândia não registra casos confirmados desde 2014 (Divulgação)
A região Norte do País enfrenta um surto de sarampo e tem gerado receio e desconfiança em outros pontos do território nacional. No Brasil, os estados de Amazonas e Roraima já tem 500 casos confirmados e 1,5 mil em investigação. Uberlândia não registra casos confirmados desde 2014, segundo dados são da Superintendência Regional de Saúde (SRS). Apenas quatro casos suspeitos da doença foram notificados nos últimos oito anos no município.

A tríplice viral, que combate sarampo, caxumba e rubéola é a melhor forma de prevenir a doença. Crianças devem tomar a vacina com um ano de idade e o reforço aos 15 meses de vida.  Na fase adulta também há a recomendação para a tríplice, que é indicada para todas as pessoas até 49 anos de idade, sendo que até 29 anos são duas doses e a partir dos 30 apenas uma dose.

Segundo a Secretaria de Saúde de Uberlândia nos quatro primeiros meses de 2018, a cobertura da primeira dose da tríplice viral atingiu 95,9% da população. Já a segunda dose, o reforço, foi aplicada em 81,3% das pessoas. 

Claubia Oliveira, coordenadora do Programa de imunização de Uberlândia, afirmou que a cidade teve um crescimento na cobertura vacinal nos últimos anos, mas ainda está abaixo de 95%, levando em conta a segunda dose da vacina. “As pessoas devem saber que se as crianças, principalmente, estiverem desprotegidas, correm um grande risco. Nós não vivenciamos o desabastecimento de nenhuma vacina nos últimos anos, basta ir até uma das 70 salas de vacina e se imunizar”, disse a coordenadora.

Rosana Gervásio, coordenadora de Vigilância em Saúde da SRS de Uberlândia fala que as orientações são as mesmas para as doenças respiratórias, “evitar tocar a boca ao espirrar, lavar sempre as mãos, não compartilhar objetos, evitar ambientes aglomerados e ambientes fechados, principalmente nessa época de frio.”

A coordenadora estadual ainda disse que uma nova campanha de vacinação será lançada neste ano. “Teremos uma campanha em agosto, com foco na prevenção do sarampo e da poliomielite. Desde 2010, tivemos 10 casos suspeitos na região (18 cidades) e todos foram descartados”, afirmou. 

NÃO VACINADO 

A Secretaria de Saúde de Manaus confirmou ontem a primeira morte por sarampo no Amazonas desde março deste ano. Um menino de 7 meses que ainda não havia sido vacinado morreu no último dia 28 após apresentar sintomas como febre, manchas na pele, tosse e coriza. A criança morava na área limite entre as zonas Norte e Leste, onde se concentram a maior parte dos casos notificados e confirmados.

De acordo com a pasta, há ainda outra morte em investigação em Manaus – uma menina de 9 meses que também não havia sido imunizada. Como, neste caso, não foi feita a coleta de sangue para sorologia, a confirmação deve demorar um pouco mais. A investigação da causa da morte será feita por meio de levantamento de informações junto a familiares. A criança morava na área de abrangência do Distrito de Saúde Oeste.

A morte de uma mulher de 19 anos, até então investigada como suspeita para sarampo, foi descartada pela secretaria.

Amazonas e Roraima, juntos, contabilizam cerca de 500 casos confirmados e mais de 1,5 mil em investigação. No outro extremo do país, o Rio Grande do Sul também confirmou seis casos da doença este ano. Já o Rio de Janeiro investiga quatro casos – um deles com resultado preliminar positivo para sarampo. 

Segundo o Ministério da Saúde, foram encaminhadas mais de 700 mil doses da vacina tríplice viral, usada para sarampo, caxumba e rubéola para os estados de Amazonas e Roraima.

No Amazonas, a campanha de vacinação foi adiantada para o mês de abril. O foco foi estabelecido na região metropolitana de Manaus, nas cidades com mais de 75 mil habitantes e nas áreas de fronteira. Em Roraima, a campanha de vacinação ocorreu em 15 municípios entre os meses de março e abril. Foram administradas 112 mil doses.
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