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06/07/2018 às 08h08min - Atualizada em 06/07/2018 às 08h08min

Uberlandenses em Bruxelas falam sobre confronto com a Bélgica

ÉDER SOARES | REPÓRTER
Marcelo Oliveira da Silva e a esposa Maria Sebastiana Duarte estão divididos (Arquivo Pessoal)
Há 24 anos morando em Bruxelas, na Bélgica, uma família uberlandense vive um momento de muita expectativa.Nesta sexta-feira (6), quando brasileiros e belgas entrarem em campo pelas quartas de final da Copa do Mundo, na Rússia, Marcelo Oliveira da Silva, sua esposa Maria Sebastiana Duarte e o filho Matheus Duarte viverão um contraste de sentimentos. Funcionários de uma escola na capital belga, a família se prepara para as emoções em dose dupla.

Marcelo conta que a família é apaixonada pela Bélgica e que não queriam assistir a este confronto na Copa do Mundo. “É uma situação difícil. Somos brasileiros, mas nunca fomos rejeitados aqui. Pelo contrário, a Bélgica sempre nos acolheu muito bem. Eu queria que o Brasil ganhasse jogos, queria que a Bélgica também ganhasse, mas não queria que tivesse um confronto entre eles”, disse Marcelo, que é filho do historiador uberlandense Antônio Pereira.

Apesar da divisão de sentimentos, Maria Sebastiana garante que o coração, logicamente, pende um pouco mais para o uniforme verde e amarelo. “Torcemos para os dois times, mas não minha opinião, digo que é um pouquinho a mais para o Brasil. Se a Bélgica vencer a festa também será a mesma. Aliás, seja quem vencer, nós iremos festejar, seja com os brasileiros ou com os nossos amigos belgas”, afirmou.

Marcelo diz que os belgas são festeiros e fanáticos pela seleção nacional, porém que são “pés no chão”. “Estão eufóricos, pois se trata de uma talentosa geração de craques. Eles estão muito confiantes, mas são humildes. Para eles, chegar nas semifinais já seria um fato grande, não como se ganhasse a Copa, mas seria um passo para que no próximo Mundial eles possam ser campeões. São pessoas muito humildes quando comentam sobre o assunto e jamais desprezam os adversários”, disse Marcelo, afirmando ainda que verá o jogo, ao lado de amigos, em um importante parque de Bruxelas.

“Tem telão passando os jogos em praças. Aqui em Bruxelas existe um parque chamado Cinquentenário, que aglomerou no último jogo mais de 8 mil pessoas. Digo que os belgas são muito eufóricos, que são quase iguais aos brasileiros, mas não são iguais, apesar deles serem muito festeiros”, completou o uberlandense.

Matheus, de 21 anos, nasceu em Uberlândia, mas mora com os pais na Bélgica os anos da sua vida. Apesar da distância com o Brasil, ele garante que mesmo tendo pouco contato com o seu país de origem, o coração também estará dividido. “Tenho dois países de coração, não tem jeito. Não tem como eu definir um. Quero que vença o melhor, sendo assim estarei feliz”.
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