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22/05/2018 às 05h49min - Atualizada em 22/05/2018 às 05h49min

No 1º trimestre, apenas 21,5% das vagas do Sine foram preenchidas

Entre janeiro e março foram 2.000 vagas ofertadas e somente 430 ocupadas em Uberlândia

LEONARDO LEAL | ESPECIAL PARA O DIÁRIO
Marcel Cardoso, da secretaria de Desenvolvimento Social, diz que a exigência do mercado será cada vez maior | Foto: Divulgação
 
Das 2 mil vagas de empregos oferecidas pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine) em Uberlândia no primeiro trimestre de 2018, apenas 430 foram preenchidas e 1570 ficaram ociosas - número equivalente a 78,5%. De acordo com especialistas, o não aproveitamento das vagas se deve a uma exigência maior nas contratações por parte das empresas.

O diretor de atendimento ao trabalhador da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), Marcel Cardoso Ferreira de Souza, explica que o cenário é de uma baixa demanda de mão de obra e grande oferta de trabalho. “Nesse caso, o empregador está mais exigente, então ele disponibiliza vaga de emprego com requisitos acima do que o mercado pode oferecer”.

Ferreira usa um exemplo: no setor industrial ocorre uma demanda por alimentador de produção. “A exigência do empregador é de transformar em algo cada vez mais técnico. Nem sempre as pessoas têm a competência necessária para suprir a vaga”, disse. Ele acrescentou que as exigências são menores em período de aumentos de vendas como no Natal e o setor de comércio preenche mais rápido as vagas, justamente por exigir menos. Na indústria e no setor de serviços ocorre uma cobrança maior por mais capacidade técnica, fato que aumenta o tempo de preenchimento.

Entre os requisitos, a principal é a escolaridade. Souza ressalta que o ensino médio é básico para todas as vagas atualmente, já nos anos anteriores, as empresas aceitavam o ensino fundamental. “Grande parte da população não tem ensino médio completo e esse indivíduo fica afastado do mercado”.

De acordo com Souza, a alternativa para se aproveitar mais as vagas ofertadas é uma flexibilização, uma vez que nem sempre a empresa precisa de determinadas qualificações para uma vaga na indústria. No caso do trabalhador, o caminho é se qualificar mais. “O indivíduo que tem mais qualificação, vai se sobressair em relação aos outros porque a competição é maior”.

Para a gerente executiva da Fundação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Bânia Poli, o cenário continua ruim. “Temos percebido que a empresa quer contratar. Ela tem a necessidade, mas quer avaliar realmente se a pessoa está comprometida. Não é uma contratação emergente. A questão do perfil profissional tem contado muito para fechar as vagas”.

Outro ponto que tem dificultado o preenchimento dos postos de trabalho é a negociação dos salários. Bânia Poli recomenda às empresas estarem mais abertas a dar oportunidade. Já os candidatos conhecerem sobre a empresa e estarem acessível a negociações de remuneração.
 
OPORTUNIDADES

Circuito oferece mais de 200 vagas de empregos

Mais de 200 vagas de empregos serão oferecidas no Circuito de Oportunidades durante a Una InovaWeek que acontece de hoje até quinta-feira (24) . Dentre as empresas participantes estão Coca-Cola, Algar, Callink, Laboratório Sabin, Zilion, Educadoo e outras de diferentes portes.

As ofertas de vagas vão desde e o primeiro emprego até recolocação no mercado de trabalho. Para estágios haverá a participação de entidades, como a Aciub (Associação Comercial e Industrial de Uberlândia). Para participar, basta comparecer no campus Karaíba da Una, na Alameda Paulina Margonari, 59 – ao lado do UMC (antigo Ubershopping).

SERVIÇO

Circuito de Oportunidades na Una InovaWeek Uberlândia
Data: 22 a 24 de maio
Horário: das 18h às 20h
Local: Campus Karaíba - Una Uberlândia - Alameda Paulina Margonari, 59 – Karaíba.
Inscrições gratuitas e programação da Una InovaWeek, clique aqui.


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