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16/05/2018 às 14h27min - Atualizada em 16/05/2018 às 14h27min

Atendimento médico pelo Ipsemg segue precário

Servidores do Estado em Uberlândia não contam com assistência em pronto-socorro

MARIELY DALMÔNICA | REPÓRTER

Os servidores do estado de Minas Gerais seguem sem hospital de referência para atendimento de urgência e emergência em Uberlândia. A situação do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) no município se arrasta há anos e, ao que tudo indica, não haverá uma solução próximos meses.

“Nós queremos que se resolva a questão do pronto-socorro aqui na cidade. Se a pessoa precisa ser atendida com emergência, ela tem que ir em Araguari, Uberaba, ou até mesmo nas UAIs (Unidades de Atendimento Integrado). Estamos superlotando a cidade”, disse a presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) em Uberlândia, Elaine Cristina Ribeiro.

A cidade conta com mais de 40 mil servidores estaduais, entre ativos e inativos, além de dependentes que contribuem com o Ipsemg para receber assistência médica. “Em Uberlândia, o Ipsemg está atendendo só cirurgia. E o UMC [Uberlândia Medical Center] disse que ia entregar pronto-socorro desde o ano passado”, afirmou Elaine, que participará de uma audiência junto ao sindicato ainda nesta semana para cobrar a regularização do atendimento emergencial.

O problema não é apenas de Uberlândia, mas em outros locais os encaminhamentos foram dados. Na semana passada, o governador Fernando Pimentel determinou que o Ipsemg amplie os serviços médicos que são oferecidos no Território do Vale do Aço, com credenciamento do Hospital Márcio Cunha, de Ipatinga. Naquela área são 65 prestadores de serviços, entre eles hospitais, exames laboratoriais e atendimento odontológico. O investimento anual no Vale do Aço será de R$ 7 milhões.

Ontem (15), em sua visita a Uberlândia, Pimentel evitou a imprensa, mas falou com exclusividade ao MGTV 1, da TV Integração. Questionado sobre o Ipsemg em Uberlândia, a resposta foi a seguinte: “O que nós estamos fazendo é tentar regularizar e refazer os convênios com os prestadores de serviço do Ipsemg, porque nós não temos condição, nesse momento, de montar um hospital do Ipsemg em Uberlândia ou em outra cidade polo, cidade grande no interior. É esse o esforço que a gente está fazendo”.

DIFICULDADE DE ATENDIMENTO

Paula Helena Oliveira é auxiliar administrativa no Presídio Professor Jacy de Assis e precisou viajar para Araguari para se consultar na semana passada. “Tentei agendar uma consulta no primeiro dia útil deste mês no UMC e disseram que não tinha mais vagas para maio”, disse.

A servidora ainda ressaltou que aguarda uma assembleia para saber o posicionamento do Governo em relação ao Ipsemg e ao atraso dos salários. “Nós estamos negociando os dias que ficamos parados e aguardando uma assembleia. Se não conseguirmos nada, vamos nos preparar novamente para uma possível paralisação.”

Por meio de nota, o Ipsemg disse que “no município de Uberlândia possui credenciado o hospital Uberlândia Medical Center (UMC) para a realização de cirurgias eletivas e que segue empreendendo esforços, através de negociações, para que os atendimentos de urgência e emergência sejam retomados no município”.
 
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