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25/04/2018 às 10h09min - Atualizada em 25/04/2018 às 10h09min

Motoristas de vans da Coopas paralisam atividades

Das 237 vans que prestam serviço para a Prefeitura, cerca de 60 rodaram nesta quarta (25)

​VINÍCIUS LEMOS | REPÓRTER
Coopas informou que falta recurso para abastecer as vans | Foto: Vinícius Lemos

Os motoristas da Cooperativa dos Transportadores de Passageiros do Ensino Uberlândia (Coopas) paralisaram as atividades nesta quarta-feira (25), o que afetou as aulas em algumas escolas na cidade. A associação reivindica o pagamento da diferença do valor renegociado do KM rodado entre maio e dezembro de 2017, cujo acumulado chega a R$ 1,7 milhão, segundo a Coopas. O Município nega que haja pagamento pendente.

Das 237 vans cadastradas na cooperativa e que prestam serviço para a Prefeitura, cerca de 60 rodaram durante o dia de paralisação. A informação é de número pouco abaixo dos 30% que deveriam continuar no serviço. “Não temos como rodar, não há dinheiro para abastecer todas as vans”, disse o vice-presidente da Coopas, Neilton Gomes.

Devido ao número baixo de carros, pelo menos nove escolas da zona rural não teriam funcionado por não haver o transporte de alunos e professores para os locais.

A reportagem do Diário de Uberlândia aguarda informações da Secretaria de Educação para a confirmação do total de instituições sem aulas ou parcialmente afetadas.

Ainda conforme informações da Coopas, com o aviso da paralisação, a Secretaria de Educação teria indicado quais seriam as escolas que deveriam ser priorizadas.

A cooperativa explicou que em maio de 2017 houve um pedido de renegociação para o reequilíbrio do contrato como Município, devido, principalmente, aos aumentos dos combustíveis.

A tramitação do pedido aconteceu com a Prefeitura até dezembro, quando comissões deferiram o pedido da Coopas. Sendo assim, o KM rodado pago passaria de R$ 1,58 para R$ 1,71, e este valor deveria ser retroativo aos sete meses anteriores e ainda ser atualizado em janeiro deste ano. Mas a diferença de 2017 não foi paga até agora, da mesma forma que o KM rodado continua sendo pago no valor antigo, de acordo com Neilton Gomes.

“Hoje gasto R$ 450 mil com combustível. Hoje fomos forçados a parar e parado todo mundo perde, porque ganhamos por KM rodado”, afirmou o vice-presidente da Coopas.

Ele ainda informou que a negociação com o Município continua e que acha que a situação pode se resolver ainda nesta quarta-feira, mas que se o pagamento não acontecer, a paralisação poderá continuar.

PREFEITURA

Em nota, a Prefeitura informou “que não há nenhum pagamento pendente com a Coopass e que o valor mensal repassado está à disposição do prestador de serviço desde o início deste mês. Reforça ainda que o reajuste requerido pela cooperativa está em análise e que a paralisação total ou parcial desse serviço essencial é irregular, uma vez que não está de acordo com os requisitos do inciso XV do artigo 78 da lei federal 8.666/93”.

A reportagem do Diário de Uberlândia solicitou informações da Secretaria de Educação para a confirmação do total de instituições sem aulas ou parcialmente afetadas, mas não houve resposta.
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