Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90
03/04/2018 às 19h30min - Atualizada em 03/04/2018 às 19h30min

Sem Uberlândia, governo define início do Samu para junho

Serviço terá a participação de 26 municípios do Triângulo Norte

WALACE TORRES | EDITOR
O governador Fernando Pimentel se reuniu com prefeitos, secretários e lideranças regionais hoje | Foto: Divulgação

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na região do Triângulo Norte entrará em funcionamento a partir de junho deste ano.  O novo prazo foi definido nesta terça-feira (3), em Belo Horizonte, durante encontro dos prefeitos e secretários municipais de saúde da região com o governador Fernando Pimentel e o secretário de Estado de Saúde em exercício, Nalton Sebastião Moreira da Cruz. Representantes da Superintendência Regional de Saúde, do Consórcio Público Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência e Emergência da Macrorregião do Triângulo Norte (Cistri) e de estabelecimentos em saúde que irão prestar atendimento também participaram do encontro.

Ao longo desta semana outras reuniões serão realizadas com as equipes técnicas das prefeituras para acertar detalhes dos contratos que serão assinados com as prefeituras, além de definir valores a serem repassados pelo Estado para manutenção do serviço. A data previamente estipulada para a inauguração oficial é 7 de junho - o governador chegou a citar a data de 7 de julho para os prefeitos em reunião pela manhã, mas, à tarde, já com os técnicos, foi reforçado o prazo de junho para a implantação do Samu.

A nova proposta prevê a participação de 26 dos 27 municípios que integram a Região Ampliada de Saúde do Triângulo Norte. Apenas Uberlândia não aderiu ao serviço, conforme já anunciado pela atual gestão municipal. O Município teria 10 ambulâncias, sendo duas de suporte avançado (tipo UTIs móveis), além de abrigar a Central de Regulação de Urgência.

Segundo o secretário executivo do Cistri, Rodrigo Alvim, as 31 ambulâncias já repassadas pelo Governo do Estado permanecerão na região, sendo que as viaturas que seriam destinadas ao atendimento em Uberlândia passam a dar suporte a outros municípios. Já a Central deve ser mantida em Uberlândia.

O número de funcionários e socorristas a serem empossados será menor em relação ao montante aprovado em concurso. A previsão é chamar 284 pessoas – os aprovados que optaram por trabalhar em Uberlândia poderão ser aproveitados em outras cidades, dependendo do interesse.

A reunião desta terça-feira foi a primeira deste ano que teve a participação do governador e dos prefeitos do Triângulo Norte – pelo menos 16 prefeitos estiveram presentes, segundo informações de lideranças da região.

A nova proposta, já sem a participação de Uberlândia, prevê um investimento de R$ 1,8 milhão por mês, sendo R$ 1,620 milhão do Estado e R$ 180 mil rateados entre os municípios. Por mês, cada prefeitura contribuirá com R$ 0,30 per capta ao Cistri a partir de junho (atualmente, cada município já recolhe R$ 0,20 por habitante). De acordo com o secretário executivo do consórcio, a tendência é que o repasse do Estado reduza gradativamente até R$ 900 mil. “A partir daí, a União também entra com um aporte de recursos, depois que for concluído o processo de habilitação e qualificação do serviço. Mas, para isso, o Samu precisa estar em funcionamento”, disse Rodrigo.

Além de analisar a proposta de participação no rateio do Samu, o Governo do Estado irá definir nos próximos dias um cronograma de repasse dos R$ 707 mil que ainda faltam referentes ao valor de investimento. O Consórcio Intermunicipal conta com essa verba para adquirir o restante dos equipamentos, medicamentos, insumos e contratações de serviços necessários ao atendimento.

A não participação de Uberlândia no Samu gerou atraso no processo de implantação. O novo projeto, sem o maior município da região – e consequentemente sem a maior parcela de contribuição – teve que ser alterado. O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha foi contratado pelo Cistri como consultor e orientou os prefeitos na nova formatação. Ele esteve presente na reunião de hoje (3) em Belo Horizonte.

“Tivemos que mudar todo o projeto, refazer planilhas de custos (....) Os prefeitos também se mobilizaram para tentar reverter a posição e trazer Uberlândia de volta. Mas não há ressentimentos, é um processo natural. Cada um tem a sua forma de administrar. As portas continuam abertas para Uberlândia, no momento que achar interessante em aderir ao Samu”, disse Rodrigo Alvim.
 
BASES 

O Samu na região do Triângulo Norte terá ambulâncias em 17 dos 26 municípios integrantes. Os municípios de Monte Carmelo, Araguari, Ituiutaba e Patrocínio serão referência para os atendimentos de média complexidade. Já os casos mais graves serão encaminhados para o Hospital de Clínicas em Uberlândia.

Os municípios com atendimento especializado irão receber aportes extras de recursos do Governo Federal.

A Central de Regulação de Urgência está implantada na sede da 9ª Região Integrada de Segurança Pública, em Uberlândia. Nos demais municípios, as bases descentralizadas funcionam em unidades do Corpo de Bombeiros.
 
Municípios que integram o Samu Triângulo Norte
 
Abadia dos Dourados ; Araguari; Araporã; Cachoeira Dourada; Campina Verde; Canápolis; Capinópolis; Cascalho Rico; Centralina; Coromandel; Douradoquara; Estrela do Sul; Grupiara; Gurinhatã; Indianópolis; Ipiaçu; Irai de Minas; Ituiutaba; Monte Alegre de Minas; Monte Carmelo; Nova Ponte; Patrocínio; Prata; Romaria; Santa Vitória; Tupaciguara.
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90