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08/11/2017 às 05h25min - Atualizada em 08/11/2017 às 05h25min

Após denúncia, Silésio nega ser dono de empresa

VINÍCIUS LEMOS | REPÓRTER
Alvo de ação, vereador diz que é vítima de retaliação governista / Foto: Divulgação

 

O vereador Silésio Miranda (PT) negou ser o dono da empresa Interlocar, que estaria ligada a um esquema criminoso para prestação de serviços ao Instituto de Previdência Municipal de Uberlândia (Ipremu) entre os anos de 2013 e 2017. A denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPE) diz que o legislador municipal e outras quatro pessoas estariam à frente de um esquema de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. O MPE pediu o afastamento de Miranda do cargo na Câmara de Vereadores de Uberlândia.

Em entrevista ao Diário do Comércio, Miranda disse que ainda não foi notificado, mas que as denúncias fazem parte de uma perseguição política do Executivo. “Isso não passa de retaliação e motivada por parte do Governo para o qual faço oposição”, afirmou. Ele ainda disse que a Promotoria apenas fez seu trabalho após receber denúncias e que agora é hora de sua defesa.

Segundo o MPE, um dos sócios de fachada da empresa Interlocar, em depoimento, confirmou que a empresa pertenceria ao vereador e que ele e outro laranja seriam apenas funcionários da empresa. Essa seria a contrapartida oferecida a ele pelos serviços prestados a Miranda durante a campanha eleitoral para o cargo de vereador no ano de 2012.

Silésio, no entanto, nega que o homem teria feito parte de sua equipe de campanha. “Aguardo notificação para tomar conhecimento de fato da denúncia, porque, até agora, o que tomei conhecimento não procede e vou fazer minha defesa”, disse o vereador.

No esquema descrito na denúncia, a empresa Interlocar foi vencedora de uma licitação para prestar serviços de transportes gerais para o Ipremu, em abril de 2013. Contudo, em setembro daquele ano, o vereador teria mudado o contrato para fazer constar outros dois homens como sócios da empresa, os quais seriam “laranjas” no arranjo. Um dos nomes era o concunhado denunciado do então superintendente do Ipremu, Marcos Botelho.

Para o MPE, esta seria uma manobra de Miranda com o objetivo “de ocultar seu nome no quadro societário da pessoa jurídica em comento, que de fato lhe pertencia e pertence”. A medida é ilícita, uma vez que, como vereador, “não poderia figurar no quadro societário da referida empresa e muito menos contratar com o poder público”.


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