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28/10/2017 às 05h07min - Atualizada em 28/10/2017 às 05h07min

1,6 mil pessoas solicitam registro de paternidade

Defensoria pública em Uberlândia promoveu um mutirão ontem

VINÍCIUS ROMARIO | REPÓRTER
Defensor Fernando Resende diz que 80% dos casos são resolvidos em mutirão / Foto: Vinícius Romario

 

Mais de 1,6 mil pessoas entre mães, pais e crianças foram atendidas, ontem, durante a 11ª edição do mutirão “Direito a ter pai”, realizado pela Defensoria Pública, em Uberlândia. A ação teve o objetivo de conciliar situações de crianças que ainda não haviam sido registradas ou reconhecidas pelos pais, além de estabelecer pensões, horários de visitas, dentre outros procedimentos. 

Para este ano, mais de 500 inscrições foram feitas, com a previsão de realização 174 exames gratuitos de DNA. A maior parte do público, contudo é atendida sem o agendamento, inclusive com a previsão de que casos sejam acompanhados posteriormente. Segundo o defensor público Fernando Orlan Pires Resende, durante as 11 edições do mutirão, mais de 38 mil pessoas já foram atendidas e beneficiadas com procedimentos totalmente gratuitos. 

“Em todos os anos, conseguimos resolver mais de 80% das situações aqui mesmo na Defensoria, não sendo necessário ingressar com ações judiciais, que levam tempo e são desgastantes para as duas partes, além da criança, claro”, afirmou Resende.

Ainda de acordo com o defensor, além dos procedimentos judiciais, o momento serve também para definir as responsabilidades parentais. “A criança não pediu para nascer, então, aqui, a gente tenta aconselhar sobre a importância de o pai estar presente na vida do filho, e que a mãe também dê essa liberdade, de que a criança também possa conviver com a família do pai”.

Resende disse ainda que, mensalmente, nascem mais de 300 crianças na cidade e cerca de 25% delas, entre 60 e 80 bebês, não são registrados pelos pais. “É o que a gente fala: não é importante só registrar ou reconhecer, mas é preciso estar presente, passar um tempo com a criança, para que, no futuro, não tenha que visitar os filhos em centro de reabilitação ou detenção”, ressaltou Resende.

A atendente de telemarketing Janine Rosa Medeiros se inscreveu no mutirão para que a filha de cinco anos tivesse o nome do pai registrado na certidão de nascimento. “É bom ser gratuito e espero resolver tudo aqui, para que não seja necessário ingressar com ação judicial”, afirmou.

Outra mãe que foi até a Defensoria Pública na tarde de ontem, e que preferiu não se identificar, também buscava que o pai registrasse o filho de seis meses. “Estou buscando um direito que além de meu, é principalmente do meu filho”, disse ela.


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