A Polícia Federal (PF) deflagrou, ontem, a Operação Constrição com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que realizava fraudes na Previdência Social. O grupo atuava no norte de Minas Gerais e há servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) envolvidos.
Foram cumpridas 22 ordens judiciais, incluindo dois mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e sete de condução coercitiva. Também foram realizadas buscas em endereços ligados à organização.
De acordo com as investigações, os integrantes do grupo obtinham vantagem indevida ao fraudar a concessão de benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias por idade de moradores da área rural. Em troca, eles recebiam o pagamento de valores obtidos através de empréstimos consignados contratados em nome dos beneficiários do esquema.
Segundo a PF, o prejuízo causado até março de 2017 foi de R$ 902,9 mil, sendo R$ 486,4 mil na concessão dos benefícios fraudados e R$ 416,5 mil na contratação dos empréstimos consignados. Esses valores dizem respeito a 49 casos já analisados de quase uma centena em investigação. Considerando a expectativa de vida dos beneficiários do esquema, a PF estima que o prejuízo a longo prazo poderia chegar a R$ 13 milhões.