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28/04/2017 às 08h24min - Atualizada em 28/04/2017 às 08h24min

Categorias anunciam adesão á greve geral

CONCENTRAÇÃO DE MANIFESTANTES CONTRÁRIOS ÁS REFORMAS DO GOVERNO VAI ACONTECER HOJE NA PRAÇA TUBAL VILELA

LAYLA TAVARES/ EDITORA. LETÍCIA PETRUCCELLI*
Da Redação

Centrais sindicais e movimentos sociais fazem, hoje, uma paralisação nacional contra as reformas propostas pelo presidente Michel Temer. Os principais alvos das categorias são as reformas da Previdência e trabalhista. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulgou comunicado informando que todas as categorias vinculadas à entidade aderiram à greve e vão parar em cidades dos 26 Estados e no Distrito Federal.

Em Uberlândia, entre as categorias que confirmaram paralisação hoje estão professores das redes municipal, estadual e particular, professores e servidores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), bancários e trabalhadores da seguridade social do Estado. O principal ato do dia está marcado para as 16h, na praça Tubal Vilela, Centro. De lá, os manifestantes partem para uma passeata.

O Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Uberlândia (Sinttrurb) informou que aderiu à greve, mas não confirmou se os funcionários das empresas que prestam o serviço de transporte coletivo na cidade vão atender ao chamado sindical. Estava previsto, para a madrugada de hoje, uma ação nas garagens das empresas para tentar mobilizar os trabalhadores. A reportagem do Diário do Comércio procurou a Prefeitura de Uberlândia, que informou que o Município não havia sido avisado da possibilidade de paralisação do serviço de ônibus até a noite de ontem.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Uberlândia (Sindtrans) disse que todos os funcionários de transportadoras da cidade foram informados sobre a paralisação, mas que a adesão ou não é decisão livre do trabalhador.

Educação

Segundo a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute) em Uberlândia, Elaine Cristina Ribeiro, a adesão é grande na categoria porque há o entendimento de que as propostas de reforma trabalhista e da Previdência prejudicam a maior parte dos trabalhadores. “Nós rejeitamos a proposta inteira. Não foram discutidas efetivamente com a sociedade”, disse.

A professora e presidente da Associação dos Docentes da UFU (ADUFU), Jorgetânia Ferreira, disse que  tanto professores quanto alunos aderiram à paralisação para lutar pelos direitos do trabalhador. “A greve é necessária para reivindicarmos os nossos direitos. Se a gente não paralisar agora, não vamos nos aposentar amanhã. Por isso estamos paralisando hoje, para amanhã termos os nossos direitos garantidos”, afirmou.

Segundo a Cecília Abraão, diretora do sindicato que representa os professores da rede particular, pelo menos sete escolas aderiram à greve de hoje. “Fomos em praticamente todas as escolas particulares de Uberlândia. Pode ser que ainda mais escolas participem do protesto, pois muitas ainda não nos deram um posicionamento”, disse.

Consequências

A participação na greve de hoje pode ter consequências para os trabalhadores. Caso não haja liberação ou acordo, o funcionário pode ter o dia de trabalho descontado na folha de pagamento. “Pode ser considerada uma falta injustificada. E se não houver transporte público por causa da greve, o funcionário também não pode usar esse fato como justificativa para a falta”, explicou a diretora adjunta da OAB Uberlândia e membro da Comissão de Direto do Trabalho, Lucimeire Zago.

 

 


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