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17/04/2017 às 09h06min - Atualizada em 17/04/2017 às 09h06min

VERDÃO

ÉDER SOARES – ESPECIAL PARA O DIÁRIO
Paulo Cézar Catanoce e a identificação com o Uberlândia Esporte

O técnico Paulo Cézar Catanoce escreveu mais uma página heróica na história do Uberlândia Esporte Clube e, de quebra, ganhou um espaço a mais no coração dos torcedores alviverdes.  A classificação do Verdão para a Série D do Campeonato Brasileiro de 2018 traz mais esperança para a massa esmeraldina, que sonha rever o clube nas divisões do Brasileirão, como era de costume entre o final da década de 1970 até 2009, último ano em que o clube participou de uma competição nacional, a Série D.

Na manhã desta segunda-feira (17), Catanoce será homenageado na Câmara de Vereadores com o título de cidadão uberlandense, projeto do vereador Vilmar Rezende.

Catanoce fortaleceu ainda mais a sua relação de afinidade com o Uberlândia. O treinador foi um dos heróis do time no Módulo II de 2015, quando comandou a equipe no título da competição, que culminou na saída de uma fila de cinco anos no que é, na realidade, a segunda divisão do Campeonato Mineiro.

Agora, com mais uma boa passagem pelo clube, a conquista do sexto lugar e a vaga para a Série D, Catanoce planeja o futuro e deixa claro que pretende voltar para comandar o time no Módulo I do ano e que vem e também no projeto de acesso para a Série C do Brasileiro.

Diário: Como é para você contar com tamanho carinho do torcedor do Uberlândia ?

Catanoce: Sem dúvidas foram duas passagens vitoriosas, em que ajudamos o Uberlândia nessa escalada rumo às divisões do Brasileiro. Eu me sinto muito feliz, pois tenho um carinho muito grande pela cidade e pelo clube. Agora, nos resta planejar o futuro do clube porque o trabalho não pode parar por aqui. O Uberlândia e essa torcida merecem muito mais.

O que representa para o Uberlândia disputar a Série D do Brasileiro?

A série D pode ser o início de uma revolução no clube. Para atingir a Série C o clube precisa participar da D, para chegar à B é preciso participar da C, e assim sucessivamente. Agora acredito que o Uberlândia irá trilhar o seu caminho natural em termos de Campeonato Brasileiro.

Como você analisa a participação do Uberlândia no Mineiro deste ano?

Acho que o Uberlândia cumpriu o seu objetivo, foi um time que sempre jogou para frente, procurando o gol. Tivemos altos e baixos durante a competição, mas o time jamais parou de jogar, jamais deixou de buscar o gol. Isso nos deixou bastante contentes, principalmente por conquistar o maior objetivo.

 

Você permanece no clube para o ano que vem?

Meu contrato é até o final de abril, mas depois a gente vê isso. Agora vamos comemorar o momento e o objetivo alcançado. Mais tarde vamos nos reunir com a diretoria e decidir o que será feito, mas eu gostaria de dar continuidade ao trabalho, pois está mais do que provado que clubes que permanecem há mais tempo com os seus treinadores alcançam, com maior facilidade, os seus objetivos. Eu tenho uma identidade com o clube e quero continuar, sim.

 

Para você qual foi o momento mais difícil na competição?

Criamos uma expectativa muito grande de vencer alguns jogos fora de casa. Acho que na sequência, fora, contra América e Villa Nova, não conseguimos os resultados e acabamos derrotados. Depois tínhamos mais três jogos importantes: Caldense e Cruzeiro, em casa, e a URT, fora. Neste momento ficamos bastante preocupados, pois se não tivéssemos vencido a Caldense, provavelmente iríamos brigar nas últimas posições. Vencemos a Caldense e demos a volta por cima.

 

O que o Uberlândia ganha tendo um calendário cheio no ano que vem?

Acho que até na opção de trazer jogadores, pois você tendo um calendário cheio, o clube passa a ter maiores opções. É preciso fazer um investimento para voltar ao Campeonato Brasileiro e não disputar a Série D apenas por disputar. Tem de entrar para buscar a vaga para a Série C. E eu acho que eles estão com esta ideia.

O Uberlândia tem a terceira maior média de renda e público do Campeonato Mineiro. Até onde esta torcida teve um papel importante da campanha deste ano?

Eles fazem a diferença. Nos jogos importantes que tivemos eles foram decisivos, principalmente contra Cruzeiro e Caldense, empurrando o time. A gente fica contente por este incentivo e pelo reconhecimento do torcedor com o nosso trabalho.

Essa empatia encontrada em Uberlândia, você já teve em outro lugar?

Talvez, tive uma situação parecida no XV de Piracicaba (SP), mas aqui realmente estou muito feliz por tudo. Só tenho a agradecer pelo reconhecimento. Acredito que todos juntos, digo imprensa, torcida e clube, temos boas chances de fazer um grande 2018 e chegar à semifinal do Mineiro e também conseguir o acesso Série C do Brasileiro.

 

Perfil

Paulo Cézar Catanoce

Idade: 52 anos

Cidade: Onda Verde (SP)

Principais clubes como treinador: Uberlândia, Tricordiano (MG), Caldense (MG), Rio Branco de Andradas (MG), XV de Piracicaba (SP), São Caetano (SP), Inter de Limeira (SP), Ferroviária (SP), Uberaba (MG), União Bandeirante (PR), Volta Redonda (RJ), Mirassol (SP), União Barbarense (SP), Taquaritinga (SP), Rio Claro (SP), Botafogo (SP).

Clubes como jogador

Corinthians, Santa Cruz (PE), Santo André (SP), Noroeste (SP), América (SP), Operário (MT), São Bento (SP), Bandeirantes (SP) e Goiatuba (GO).

 

Principais resultados - Treinador

 

Vice-campeão Série A2 do Paulista (2004) - Taquaritinga

Vice-campeão Série B do Paulista (2003) - Linense

Acesso para Série A2 do Paulista (2005) - XV de Piracicaba

Campeão Mineiro do Interior (2009) - Rio Branco de Andradas

Campeão Mineiro Módulo II (2015) - Uberlândia

 


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