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11/04/2017 às 09h29min - Atualizada em 11/04/2017 às 09h29min

The Kills é a atração mais indie do Rock in Rio

AGÊNCIA ESTADO | SÃO PAULO
Os musicos Jamie Hince e Alison Mosshart formam o The Kills, atração do Rock in Rio e divulgam o mais novo trabalho o disco " Ash & Ice "

Em uma mansão em Los Angeles, Jamie Hince e Alison Mosshart, guitarra e voz do duo quentíssimo The Kills, se reuniram para gravar mais um álbum. Já era tempo. A dupla nunca passara mais de três anos sem um disco. Cinco anos haviam voado, contudo. Rápidos demais. "É uma das questões que mais fazem para a gente: por que demoraram tanto para gravar um novo disco?", diz Hince, ao telefone. "E, olha, para a gente, não pareceu tanto tempo assim."

O Kills que volta ao Brasil como atração do Rock in Rio na noite de 21 de setembro, no Palco Sunset, mesma data que Bon Jovi, Alter Bridge, Tears For Fears e Jota Quest, já não é o mesmo da última turnê deles por aqui. No fim de 2011, a banda passou três dias no Brasil e fez três shows (dois em São Paulo e um no Rio). A banda é a mais indie de um festival dominado por atrações gigantescas, responsáveis por levar 80 mil por noite à Cidade do Rock.

Nos últimos cinco anos dos 15 de carreira, a vida do Kills se transformou. Alison se mudou para Austin, no Texas, para trabalhar em um novo disco do The Death Weather, supergrupo formado ainda por Jack White, Dean Fertita (do Queens of the Stone Age) e Jack Lawrence (do The Raconteurs e The Greenhornes).

Em 2015, chegou ao fim o casamento de quatro anos de Jamie com a supermodelo Kate Moss. O guitarrista também se viu sem inspiração para as novas canções. Vazio, na cabeça e no coração, isolou-se. Embarcou em uma viagem de trem pela ferrovia Transiberiana, onde passou duas semanas e percorreu quase 10 mil quilômetros. Voltou com cadernos cheios de letras e pronto para voltar a gravar com o Kills.

Fisicamente, Hince que vai tocar para a multidão carioca também não é mais o mesmo daqueles shows em lugares calorentos e apertados de 2011. Em 2013, Hince fechou a porta do carro na mão esquerda, aquela responsável por manusear o braço das guitarras, fazer acordes e solos. Foram cinco cirurgias para voltar a conseguir tocar o instrumento, mas seu dedo médio não recuperou os movimentos.

Tudo isso está em “Ash & Ice”, o que faz do álbum do Kills o mais interessante entre os cinco discos lançados pela dupla. Temas como rompimentos se sobressaem entre letras com mensagens mais positivas de "tudo vai dar certo no final". E prova que o melhor do Kills nunca esteve ao festejar a noite toda e, sim, na manhã seguinte, na ressaca incômoda e no arrependimento. "Sem dúvida alguma, nós mudamos bastante em termos de inspiração", diz Hince, que segue, "mas continuamos mudando". Ele dá como exemplo “Echo Home”, uma canção que fala sobre a casa esvaziada depois que a outra metade do casal já não está mais lá. "Era uma música que tinha um significado para mim. Ao descobrir o que as pessoas pensavam dela, a minha interpretação sobre essa canção também mudou."


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