No futebol, como na vida, existem ocasiões que exigem, mais do que pedem, determinado tipo de comportamento. Eu que sempre vivi e vivo o futebol desde criança e vim acumulando experiências, as mais variadas, direta e indiretamente, escrevi na abertura desta coluna da edição de sábado último que, mais que o técnico, os jogadores experientes do Uberlândia Esporte tinham que colocar o coração no bico da chuteira no jogo contra o bom time da Caldense e vencer. E eles fizeram exatamente isto. É o que tinham que fazer. Já começaram o jogo ligados, confiantes, combativos, correndo muito e jogando bastante. Depois de a Caldense ameaçar por uns dez minutos iniciais, o time do Uberlândia tomou conta, não deixou a Veterana jogar e jogou. Jogou pra frente, em busca do gol e conseguiu fazer os dois a zero da vitória. Todo o time uberlandense vibrou num só compasso e em temperatura elevada. A Caldense é um bom time, que não só deve garantir a vaga para a Série D em 2018, como disputando o campeonato da CBF este ano pode, perfeitamente, conquistar acesso para a Série C já para 2018. O Uberlândia ganhou bem de um time forte, bom. Não ganhou de qualquer um. No segundo tempo o Uberlândia administrou, como deveria fazer e o técnico Paulo Cezar Catanoce foi contribuindo com orientações corretas e substituições oportunas. O Uberlândia ficou muito próximo de conquistar vaga para o Brasileiro da Série D em 2018. Está com cinco pontos de vantagem (12 x 7) sobre o Villa Nova, que está praticamente fora da Série D em 2018 e passa a se preocupar em não ser rebaixado no Mineiro. No jogo de domingo o melhor jogador do Uberlândia foi Rodnei: fez o gol, cruzou a bola na medida certa para Diogo Peixoto fazer o segundo, marcou, desarmou muito e armou e chegou na frente o tempo todo. Outros destaques: zagueiro Bruno Costa, lateral esquerdo Rogério, volante Bruno Moreno, meia Diogo Peixoto e o centroavante Shumaquer. O jovem Caio Dantas substituiu Shumaquer na metade do segundo tempo e também entrou bem.
Errei e gostei
Na coluna anterior, baseado no que geralmente acontece, citei aqui que aqueles 1,5 mil fieis torcedores iriam ao Sabiá dar força para o time do Uberlândia. A torcida alviverde me fez errar e ficar alegre. Foram 3.416. Espero que contra o Cruzeiro, só torcedores alviverdes, sejam sete mil ou mais. Agora é hora daqueles infiéis se somarem aos fiéis.
Uruguai x Brasil
Na próxima quinta-feira, 20h (de Brasília) vão jogar Uruguai x Brasil, pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia, no Estádio Centenário, em Montevidéu. Não é novidade para ninguém que será mais um jogão, sensacional. O Uruguai associa a sua tradicional garra à boa qualidade e eficiência de seus atacantes Luís Suares e Edinson Cavani. O Brasil, como sempre, continua tendo mais qualidade técnica e trabalha melhor a bola e o jogo. Pelo aspecto técnico o Brasil é favorito. Por causa da raça uruguaia e da tradição, principalmente no Centenário, não existe favorito, pelo menos para começar o jogo. O Prof. Oscar Tavarez continua à frente da Celeste Olímpica, apesar de suas limitações físicas, mas por sua liderança e carisma. Martin Silva, goleiro do Vasco, será o titular, porque Fernando Muslera cumprirá suspensão. No Brasil, por causa de cortes, que foi obrigado a fazer, o técnico Tite convocou Diego do Flamengo, Diego Souza do Sport Recife e Dudu do Palmeiras. Outro retorno é do jovem goleiro Ederson, do Benfica, que pode virar titular para a Copa da Rússia.
Sub-17 lindo
O Brasil sagrou-se campeão sul-americano da categoria Sub-17 na noite de domingo último, em Rancágua, no Chile. Derrotou o Chile por 5 a 0. Terminou invicto. O Brasil é campeão da disputa pela 12ª vez em 17 edições. O técnico baiano Carlos Amadeu é muito competente e ajudou a garotada a brilhar. A safra é excelente e nela os destaques principais são os atacantes Vinícius Júnior e Lincoln, ambos do Flamengo, e o meia de armação Alan, do Palmeiras. São jogadores que, lamentavelmente, irão para grandes times da Europa e que podem estar na Seleção principal na Copa de 2022, no Qatar.
