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21/05/2022 às 08h00min - Atualizada em 21/05/2022 às 08h00min

Auto-sabotagem: seu maior inimigo

KELLY BASTOS (DUDI)
“Se você acha que pode, ou você acha que não pode, você está certo” – Henry Ford

Bom dia!

Auto-sabotagem! O que é e quando acontece? 

Segundo a nossa colaboradora, Eliana Alves Pereira, psicóloga, “De vez em quando, todo mundo se sabota um pouco, fazendo ou deixando de fazer coisas importantes, que podem atrapalhar a própria vida. O problema é quando se auto sabotar vira rotina e você se torna seu pior inimigo”.  “Na verdade, é um ciclo. Exemplificando: você precisa estudar para uma prova, mas chega em casa e passa a noite inteira no celular. Acontece. Mas promete que vai estudar no dia seguinte. Quando chega em casa faz a mesma coisa. E de novo. E de novo e de novo. Chega a prova e vai mal, mas promete a si mesma (o) que na próxima vai estudar. E volta para o mesmo ciclo de não fazer as coisas que deveria fazer.  Você está se auto-sabotando”. 

“A auto-sabotagem é a tendência que temos de repetir atitudes destrutivas. Não é algo intencional. São uma série de atitudes que você toma de forma automática e que acabam prejudicando sua vida sem você saber”.

“É quando criamos obstáculos e empecilhos – de forma consciente ou inconsciente – que nos atrapalham na hora de realizar tarefas ou conquistar objetivos. Quando vê, já acha que não vai conseguir, seus pensamentos tomam conta de sua mente… você fica inseguro e pessimista. Isso é se sabotar, e desistir ou se depreciar é se boicotar”.
“Na grande maioria das vezes, perante a constante auto-sabotagem da nossa vida, percebemos o que está acontecendo numa fase muito avançada. Isso acontece devido a hábitos e rotinas de pensamentos que se instituem e que minam a mudança de perspectiva e melhorias. Essa dificuldade de sair desse piloto automático te leva a se sabotar e a se boicotar”.

“Nesse ritmo de pensamento, cheio de vícios mentais, parece natural a forma como aceita as suas debilidades, incapacidades e inseguranças. Esse estado de aceitação confuso, funde-se a uma imagem depreciativa de si mesmo, comprovada pelo diálogo negativo e auto crítico”.

“A sua própria forma de pensar, suga-lhe a vida. Essa negatividade instalada é como uma erva daninha que cresce no quintal da sua casa, propaga-se rapidamente e toma o espaço só para ela. Mata a esperança e a oportunidade para a mudança”.

“É bem difícil explicar os motivos pelos quais isso acontece,  mas os motivos mais comuns que levam uma pessoa a tomar uma atitude que a prejudique é não se achar merecedora de algo”. 

“Por exemplo, você se inscreve para prestar uma prova de um concurso público com um cargo importante e com bom salário. É algo que você almeja, mas lá no fundo, acha que aquilo é bom demais para você. Automaticamente, você coloca uma trava na sua cabeça de que nunca vai chegar lá. Que o teste é difícil demais e que você não tem chance”.

 “Assim, começa a se auto-sabotar antes mesmo de colocar a caneta no papel da prova”. “Você inventa uma desculpa para não conseguir realizar uma tarefa difícil. “Não tive tempo”, “chego muito cansada (o) em casa”, “é muito difícil para mim”…  Você se faz de vítima da própria vida sem ao menos tentar”, explica a psicóloga!

COMO SUPERAR A AUTO-SABOTAGEM?
“Esse tipo de comportamento acontece em quase todos os âmbitos da vida. Trabalho, estudos, relacionamentos, saúde… Mas dá para contornar isso”.

“Você precisa de um novo caminho, de alternativas para sair dessa forma de pensamento negativo que instituiu na sua rotina diária. Desse “vício”.

“O primeiro passo é reconhecer um padrão. Você costuma se atrasar sempre? Costuma namorar com o mesmo tipo de homem, ou de mulher, que não vale a pena? Costuma sabotar a própria dieta? O que você faz sempre e te prejudica? Depois disso, deve ir mais fundo e pensar:  existe algum pensamento negativo dentro de você que leva a esses atos? Você não se acha capaz ou merecedor? O que costuma pensar ou repetir de negativo para si mesmo? São esses pensamentos que deve evitar”.

“Determine e exercite em você que irá reiniciar sua vida, se proponha a novos hábitos de pensamento. Tendo noção que deve eliminar as falsas verdades que foram construídas (o que chamamos de padrões mentais, mindset) e que durante muito tempo orientaram as suas decisões e podem estar te travando”.

“Acredite em si. Faça coisas que melhorem a você mesma (o). Torne-se o seu maior aliado. Invista na sua vida, você é o seu maior acionista. Quando perceber que está dando atenção a pensamentos pessimistas, mude o foco, respire fundo e mude o que está fazendo e pensando. Proponha-se novas alternativas do assunto em questão. Não as tendo no momento, se dê um tempo e respire. Volte nele (mentalmente) mais tarde”.

“O último passo – e mais difícil – é desenvolver uma rotina saudável da próxima vez que estiver nesta situação. Pode parecer difícil, mas a disciplina não é um dom dado por Deus. É um hábito. Precisa estudar? Separe duas horas do seu dia para estudar, desligue o celular e estude. Precisa fazer uma dieta? Faça. Vai ser difícil no começo, mas aos poucos se acostuma. O mais importante é não deixar se abater por pequenas derrotas”, finaliza a psicóloga Eliana Alves Pereira.

Bom final e boa semana!


*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

 
 
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