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18/12/2021 às 08h00min - Atualizada em 18/12/2021 às 08h00min

Administrando o TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada)

TÚLIO MENDHES

Ansiedade tem sido um dos temas mais acessados quando falamos em saúde mental e suas consequências. Por isso, eu trouxe mais uma vez aqui para o nosso “Papo Saudável” esse assunto que infelizmente tem feito parte de nossas rotinas, afetando nossa produtividade, até mesmo nossos relacionamentos interpessoais. Como dito, eu já escrevi sobre ansiedade aqui no Diário, então relembremos de modo conciso que a ansiedade é uma reação comum do nosso corpo que nos deixa preparados para fugir ou lutar devido a algum “perigo” próximo. 

 

Vale destacar que a ansiedade faz parte de nossas emoções e que em algum momento todos nós sentimos, geralmente despertamos esse sentimento quando enfrentamos situações estressantes. Lembrando que esse “sentimento” não é um fator externo que altera nosso corpo, por exemplo, a mudança de temperatura ou amplitude climática que aumenta o risco de doenças pulmonares e cardíacas, inclusive óbito. A ansiedade é um fenômeno emocional do nosso organismo que a gente interpreta seguindo alguns padrões, por exemplo, se quando temos uma entrevista de emprego ou um encontro amoroso, é normal que fiquemos ansiosos. Esses fenômenos mudam todas as características do nosso corpo, porque, tendemos a transpirar mais, o coração bate mais rápido, a frequência respiratória também aumenta, inclusive nossas pupilas ficam dilatadas frente ao que “enfrentaremos”.

 

A ansiedade excessiva pode se tornar uma doença, de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças – CID, como o TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) que faz com que sentimos preocupação e medo extremo diante de situações simples de nossas rotinas como ir ao mercado, ficar parado no sinaleiro etc. 

 

Os sintomas mais comuns que afetam o psicológico quando o diagnóstico de TAG é confirmado, são: a sensação de que algo ruim vai acontecer a qualquer momento. Além de preocupação exagerada, medo constante, insônia, dificuldade para concentrar, descontrole sobre os pensamentos, principalmente, dificuldade em esquecer o que está provocando a tensão, um nervosismo “passado da base”, agitação dos braços e pernas etc.

 

Os transtornos de ansiedade são frutos de fatores genéticos – como mutações nos genes que podem favorecer ou dificultar a ansiedade – estresses na infância podem fazer com que, na fase adulta, tenhamos uma ansiedade muito maior do que a situação exige. Na prática, o transtorno de ansiedade se torna um problema quando a emoção é tão frequente, que atrapalha o cotidiano.

 

Pessoas que têm o TAG só costumam buscar ajuda quando o problema afeta demais o dia a dia. Elas vivem num estado de preocupação e ansiedade acima do normal, que na maior parte do tempo não as deixa em paz. As crises não se instalam apenas em momentos desafiadores, como ter um problema de saúde na família, perder o emprego ou acumular contas para pagar. Podem acontecer em qualquer hora ou lugar, independentemente da situação ou da atividade desempenhada. Até mesmo em eventos positivos como formatura, casamento, nascimento de um filho ou uma promoção no trabalho.

 

Quando a ansiedade atrapalha a rotina, é hora de procurar ajuda profissional. O transtorno de ansiedade tem tratamento, por meio de psicoterapia e até pelo uso de medicamentos psiquiátricos. Os medicamentos só devem ser usados após avaliação e indicação de um médico psiquiatra. Em geral, eles são indicados em casos nos quais os sintomas já estão mais intensos e debilitantes.

 

Então o que eu e você precisamos ter em mente é procurar ajuda médica a partir do momento em que a ansiedade produzir algum tipo de desprazer ou sofrimento, interferindo negativamente em nossa qualidade de vida. A maior parte das pessoas com ansiedade começa a se sentir melhor e retoma as suas atividades depois de algumas semanas de tratamento. Por isso, é importante procurar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxima.

 

Até a próxima!


*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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