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24/04/2021 às 08h51min - Atualizada em 24/04/2021 às 08h51min

Você valoriza demais o que os outros dizem ou pensam?

KELLY BASTOS (DUDI)
Bom dia!
 
Leia novamente o titulo e ...
Saiba como isso afeta a sua vida e qual conduta você deve adotar.
 
Quem já não se pegou tentando imaginar o que os outros pensam sobre suas decisões e sua conduta pessoal? É bem provável que essa tentativa de ser clarividente tenha sido infrutífera e não (a) o levou a lugar nenhum. Embora não exista um levantamento que aponte quanto as pessoas se preocupam com a opinião dos outros, agir dessa forma é algo bastante comum e seus efeitos são bem conhecidos. Por exemplo, há quem paralise sua vida, perca o foco em relação ao seu objetivo e passe a ser governado pelo que os outros dizem.

Segundo a nossa consulta, Eliana Alves Pereira, psicóloga, “é possível mudar essa conduta, mas, antes de qualquer coisa, é preciso entender por que ela acontece”. “Como vivemos em sociedade e essa convivência abrange a família, os colegas de trabalho e os amigos, a influência deles faz efeito. A partir desse convívio, buscamos aceitação nesses grupos e pensamos qual é o julgamento que as pessoas que participam deles vão fazer de nós”, diz.

A profissional avalia que, como seres humanos, estamos sempre querendo mostrar nossa capacidade. “É uma alegria poder mostrar que temos valor. Por isso, em certos aspectos, contribuirmos e sentirmos que somos acolhidos pelo grupo é muito bom. Gostamos de despertar a aceitação positiva, principalmente quando nossa mente entende que estamos ajudando de alguma forma, mas o indivíduo precisa se reconhecer para ser o seu próprio termômetro”, adverte.

Um dos sinais de alerta de que algo está errado é quando começamos a ficar com receio do que os outros vão falar. “É comum, mas não é normal. Se todos os seus passos são guiados pelo medo, isso atrapalha e é capaz de congelá-lo. Esse medo, muitas vezes, é irreal, algo que achamos que vai acontecer. Quem assume essa condição de se preocupar de maneira exagerada com o que os outros pensam corre o risco de entregar a sua vida para terceiros”, esclarece a psicóloga.

Continuando, a consultora falou mais desse tema e alertou para os perigos criados pela imaginação. “Quando você se preocupa com o que os outros estão pensando ou vão pensar, se isso ou se aquilo, fica travada (o). Você fica tímida (o), enfim, tudo fica na sua imaginação”, disse.

Ela explicou que muitas pessoas vão criando monstros dentro de si mesmas. “Quer ver um sentimento que impede muita gente de fazer o que tem que fazer? ‘O que estão pensando de mim? O que o fulano está pensando de mim?’ Eu vou dizer o que o fulano está pensando de você: provavelmente, nada. Provavelmente, você não é tão importante assim para que o fulano esteja pensando em você ou preocupado com você. O fulano tem tantos problemas na vida dele que você provavelmente não cabe no tempo mental que ele tem para despender.”

Afirmou ainda que esses pensamentos imaginários geram sentimentos. “A imaginação gera depressão, mas gera coisas boas também. Eu posso imaginar coisas boas, mas, se eu não controlo minha imaginação, posso imaginar o que me traz depressão, timidez, o que me traz preguiça ou mágoa. Eu posso ficar viajando no tempo e nas memórias das coisas ruins que me aconteceram. Eu posso ficar curtindo o meu sofrimento hoje e ficar deprimida (o). A pergunta é: ‘para que eu faria isso?’”

Quem quer trilhar um caminho de sucesso não pode se deixar levar pelo medo ou por coisas que não sabe se vão acontecer. “Não podemos achar que vamos quebrar todos os padrões nem ficar entocados com medo de exercitar a nossa própria individualidade. Esse medo pode nos tirar a oportunidade de demonstrarmos o nosso real valor. Por isso, nossa posição, ao sermos protagonistas da nossa vida, deve ser de equilíbrio”, aconselha Eliana Alves Pereira.

Finalizando ela aconselha que “para não cair nas armadilhas dos maus pensamentos é fundamental buscar o autoconhecimento. Buscar orientações que podem auxiliar nesse sentido, sempre sob a ótica profissional e seguindo os preceitos dados, com o objetivo de inspirar a buscar soluções”.

Bom fim e boa semana.
 
 



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