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10/04/2021 às 15h51min - Atualizada em 10/04/2021 às 15h51min

Esporte, ontem e hoje

ADRIANO SANTOS
O Praia Clube perdeu para o Minas Tênis Clube, jogo esse que o time da capital já tem uma notória supremacia sobre o time do clube praiano. Claro que chegar em dois primeiros lugares é essencialmente magnífico.

Talvez a diretoria não entende assim, pelo imenso investimento feito e a expectativa que tudo isso gera.

No entanto lembro do UTC lotado, quando o esporte era basquete, o Minas era frequentemente freguês, o time da Cidade no UTC foi campeão mais de 10 vezes seguidas contra o time da capital.

O Futsal do Minas tem uma larga vantagem contra as equipes de Uberlândia, ressalva para a última temporada Praiana, que foi eficiente e empolgou o investimento 2021.

O Uberlândia Esporte glorioso machuca o coração do uberlandense, já, ontem, foi orgulho de uma cidade.

Esporte ontem e hoje remete a uma cidade que tem se esforçado para a prática de qualidade de gestão, mas o que passado e o presente nos mostra é que eficaz mesmo só quando tinha dinheiro.

Esse vôlei, aquele basquete, pode ser o Futsal 2021, mas não tem e nunca teve PLANEJAMENTO a longo prazo.

Ontem, teve um basquete rico, hoje, apenas fãs saudosos e apaixonados; ontem, teve o Berlandia do Zecão, hoje, tem o Uberlândia da esperança, hoje tem Vôlei, amanhã será que teremos?

Hoje tem futsal, amanhã será que teremos?

Hoje tem handebol, amanhã será necessário ter.

Hoje tem peteca, judô, karate, dentre tantos esportes, mas amanhã precisará ter!

Todos os esportes que fizeram sucesso sempre foram de um "grupo", nunca de um povo, de um bairro, de uma identificação com a cidade, sempre dinheiro.

Sabe aqueles números de prestação de contas de atendimento a crianças de propaganda esportiva? Então são fictícios, a cidade já acostumou a saber onde tem futsal, vôlei, futebol dentre outros esportes de qualidade e não é na iniciativa pública... a cidade já sabe onde encontra, os pobres não têm acesso, mas a falta de Planejamento continua...

Claro, sem orçamento, sem explicações, sem rumo, esporte da cidade é refém, refém da paixão do financiador ou refém da péssima gestão inclusiva do processo.

Solução?

Orçamento, viabilizar acesso e dar números reais.

Não é ter professor no Poliesportivo do Patrimônio, é ter evolução no objetivo, a criança saber onde pode chegar.

Não é ter time de futebol, é viabilizar o que acontecerá pós o time de futebol.

Não é ter time do vôlei, é ter base, para pós-time de base.

E assim ensinar a cidade sobre como se planejar em cuidar dos sonhos, do futuro e do presente.

O resultado não pode ser maior que a missão, por isso, falamos muito de esportes de sucesso de "ontem", porque passou...não deixou raízes. Apenas intenção, desse inferno já está cheio.

Alguém sabe quem é o Geraldo Touro, Mirtes do Praia, Cristiano Grama do Basquete, Guilherme do Basquete, milhares de formadores que pouquíssimas vezes tiveram a oportunidade de sequenciar algo, que fosse realmente valorizado a longo prazo.

Ontem é saudades, amanhã é um sonho, porque hoje? Só dinheiro bancando algo que tem prazo de validade.



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