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07/04/2021 às 09h16min - Atualizada em 07/04/2021 às 09h16min

O e-commerce surfa na onda pessimista da pandemia

ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA
Em poucas palavras o comércio eletrônico é apenas o processo de compra e venda de produtos por meios eletrônicos, com a utilização de aplicativos móveis e Internet, ele refere-se a varejo e compras on-line, bem como transações eletrônicas que acontecem nesses ambientes.

Com a crescente informatização das mais diversas atividades econômicas, transforma a tecnologia da informação (TI) em uma área cada vez mais relevante economicamente para o comércio global. A expansão do comércio eletrônico levou à especialização e, atualmente, é possível encontrar várias subáreas de TI dedicadas a tarefas específicas – e que demandam profissionais com conhecimentos igualmente aprofundados.

Seus fundamentos estão baseados em segurança, criptografia, moedas e pagamentos eletrônicos. Ele ainda envolve pesquisa, desenvolvimento, marketing, propaganda, negociação, vendas e suporte. O e-commerce permite que você comercialize produtos em uma escala global, em tempo real vinte e quatro horas por dia, sem incorrer nos mesmos custos e despesas que você incorreria se utilizasse de uma loja física, abrangendo o melhor mix de marketing e a melhor taxa de conversão.

Embora a maioria das pessoas pense em e-commerce somente como business to consumer (B2C), existem muitos outros tipos de Loja virtual. Estas incluem sites de leilões online, serviços bancários pela Internet, emissão de bilhetes e reservas on line e de empresa para empresa Transações (B2B).

No início do ano 2000, muitas pessoas eram céticas quanto a entregar os detalhes do cartão a um varejista on-line. Em uma Loja virtual as transações são certificadas SSLA criptografia dispondo de sistemas de pagamento externos confiáveis, como Paypal, Worldpay e Skrill que ajudam a melhorar a confiança das pessoas no comércio eletrônico.

Recentemente, o crescimento do comércio eletrônico se expandiu para vendas usando dispositivos móveis, que é comumente conhecido como 'm-commerce' e é simplesmente um subconjunto do comércio eletrônico. A evolução do conceito fez surgir vários tipos de comércio eletrônico - B2B e-commerce - ocorre quando uma transação é feita entre duas empresas; B2C Loja virtual empresa - é quando as lojas vendem produtos para os consumidores; C2C e-commerce ocorre quando o consumidor vende diretamente para os consumidores. Tornou-se um boom nos últimos dez anos; Consumidor para empresa (C2B) é um pouco menos comum em Loja virtual. Isso se materializa quando um consumidor vende ou contribui com dinheiro para uma empresa; Empresa para Administração (B2A) - Esse tipo de comércio eletrônico acontece quando transações são realizadas on-line entre empresas e administração pública; Comércio eletrônico de consumidor para administração (C2A) - Esse tipo de Loja virtual envolve todas as transações entre pessoas individuais e administração pública.

Por que o comércio eletrônico teve um crescimento explosivo nos últimos tempos? Como a internet está se tornando enraizada em nossas vidas diárias, a aceitação de comércio eletrônico continua crescente, e as empresas estão aproveitando isso, como ocorre atualmente com o advento da pandemia de Covid-19. 

Nesse período de pandemia os desafios enfrentados pelo e-commerce impulsionaram os grandes varejistas com um enorme apetite para crescimento de vendas pelos canais digitais. O online acabou se transformando na tábua de salvação das empresas, além de representarem um investimento no futuro. Alguns acreditam que isso é transformação digital, eu entendo isso como uma adaptação às novas necessidades impostas pelo mercado. A briga do varejo físico diminuiu enquanto no online ela se intensificou de uma forma avassaladora, com políticas de distanciamento social (quarentena e lockdown).

Vamos refletir:... É importante ressaltar que em um ano de restrições pela pandemia da Covid-19, as vendas do e-commerce no Brasil cresceram 41% para R$ 87,4 bilhões na comparação com 2019, impulsionado pelo aumento do número de pedidos e pela maior contribuição das compras por telefone celular. A informação consta do Webshoppers 43 Ebit|Nielsen & Bexs Banco.

A alta do faturamento teve como principal fator o aumento na quantidade de pedidos:194 milhões, alta de 30% sobre o ano anterior. Outro ponto que ajudou o resultado e motivou maiores compras foi o frete grátis, que representou 43% de todas as compras de 2020.

Os investimentos para conquista de clientes pelos grandes players foram realocados de uma forma desproporcional para a mídia digital, principalmente para Facebook e Google. Consequentemente, toda essa mudança causa uma série de impactos que os menores acabam sofrendo de uma forma mais direta. Os e-commerces menores acabam perdendo por não terem o mesmo orçamento e por não conseguirem sustentar custo de aquisição de clientes (CACs) cada vez mais inflados por performance marketing.

Os pequenos não possuem escala. Por conta disso, não têm poder de barganha para negociar com fornecedores e com isso perdem na briga pela conquista de clientes, nos preços, nos prazos de pagamento e na experiência de uma forma geral.

Os grandes do varejo funcionam como predadores do mercado, eles precisam seguir crescendo constantemente. Aos menores, cabe serem cada vez mais rápidos, criativos e inovadores. A estratégia que poderá ser adotada é a das marcas nativas digitais integradas verticalmente (DNVBs) ou promoverem fusões e incorporações dos negócios entre si, pois, atender as expectativas não é mais suficiente para encantar clientes e os e-commerces vão precisar se adaptar a essa nova realidade

Pensando estrategicamente, ... Diante de um cenário global inesperado, quase tudo sofrerá grandes mudanças e será de alguma forma impactante, para o bem ou para o mal. Portanto, arrisco-me a dizer que nenhum orçamento ajustado de uma empresa (forecast), deve ser utilizado como antes da pandemia. Tudo precisará ser revisto, reprojetado, reestruturado. Estamos todos como que perdidos no espaço, porém, apesar do pouco tempo para análise, antevejo que alguns setores parecem ser mais promissores do que outros neste momento de crise — e, com certeza o comércio eletrônico é um deles.

São vários os estudos que estão se desenvolvendo sobre comércio eletrônico durante a pandemia. Eles evidenciam os impactos já sofridos e tentam “prever” o que poderá acontecer nas próximas semanas ou meses. Seja como for, o e-commerce promete surfar na onda pessimista da pandemia.
 

Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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