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23/01/2021 às 08h00min - Atualizada em 23/01/2021 às 08h00min

Reflexão: faça a diferença! Faça o bem!

KELLY BASTOS (DUDI)
Bom dia, pessoal!

Recebi esse texto e repasso para vocês! Muito a ver com o fim de ano e início de outro!
 
“Diz o ditado popular: “fazer o bem sem olhar a quem”.
 
No mundo atual, marcado pelo individualismo e pelo egoísmo endêmico, fazer o bem lembra campanhas publicitárias que, atrás do slogan, escondem diversos interesses da economia de mercado, onde o que realmente importa são os resultados ou, em outra linguagem, “lucrar sem se importar com quem”, portanto, a qualquer preço.
 
Quando praticamos atos de bondade e conseguimos amar ao próximo é porque já estamos amando a nós mesmos.
 
O significado real do indivíduo, sua história, seus valores e sentimentos não têm nenhum sentido na sociedade atual. Ela é totalmente impessoal e só enxerga metas a serem alcançadas, recordes a serem superados, capacidades sempre aferidas - tal qual engrenagens que só se curvam ao Poder e ao Lucro.
 
Neste cenário, contemplado pelas mais sórdidas manifestações de “impunidade à ganância”, que vitima a todos nós em nosso país, a atitude de uma pessoa fez a diferença! Alguém fez a diferença por fazer o bem! O fato me comoveu a ponto de escrever sobre ele”.
 
UMA HISTÓRIA PESSOAL
“Estava em meu consultório atendendo a meus pacientes quando sou interrompido pelos insistentes chamados de meu celular. Atendi. Na ligação, uma voz feminina me falou: “Dr. Pérsio, estou com uma paciente sua que está apresentando uma crise emocional muito séria. Está chorando há tempo, tanto que sequer conseguiu ligar para o senhor. Liguei, então, para o número de seu consultório dado por ela, mas sua secretária informou que só haveria horário no final da próxima semana. Me desculpe a intromissão, sei que deve estar atendendo, mas peguei com sua paciente seu número de celular e estou lhe pedindo ajuda, pois ela está muito mal e estou preocupada com ela”.
 
“Neste momento, lhe perguntei quem é a paciente, ao que me respondeu: “é a Sra. C., como posso ajudá-la?? Respondi-lhe: “você já ajudou, passe por favor a ligação à Sra. C.”. Falei com a paciente, a orientei medicamentosamente para aquele momento e reservei o primeiro horário de atendimento no dia seguinte.

No dia seguinte, no primeiro horário, atendi à Sra. C., que ainda se encontrava deprimida, mas aliviada da crise pela orientação medicamentosa do dia anterior. No decorrer da consulta, não consegui segurar minha curiosidade e perguntei à paciente: “Quem foi aquela mulher que lhe ajudou ontem?”, e ela finalmente me revelou: “foi minha gerente do banco”.

“Realmente, fiquei espantado e tornei a perguntar: “Sua gerente de banco? Como aconteceu?” A paciente me contou que tinha ido à agência regularizar alguns dados, e como já vinha ocorrendo há uma semana, começou a chorar descontroladamente, sem identificar nenhuma razão para tal, e, nesse momento, foi socorrida por sua gerente de conta. Não importa neste relato o caso clínico da paciente, mas a atitude de sua gerente que a socorreu”.
 
“Movida por um ímpeto de coragem alicerçada na bondade, a gerente se despiu da personagem do mundo financeiro, preocupada em bater metas, vender produtos, atingir os objetivos impostos pelo banco, e se tornou, simplesmente, ser humano. Que transformação surpreendente! Pode parecer simplista à primeira vista, mas isso ocorreu dentro de um dos ícones da economia de mercado, um banco, uma atitude que destoa do padrão “automatizado” de atendimento quase robótico. Ela largou tudo, deixou tudo de lado e, numa atitude ousada, se tornou pessoal, se tornou pessoa e estendeu a mão de bondade ao próximo. Ainda ecoa em minha mente a voz marcada pela educação - que me pediu desculpas pela “invasão” na ligação - voz de preocupação altruísta com o outro, voz suave que transcendia bondade”.
 
REFLEXÃO
“Bondade é justamente isso. Dar-se espontaneamente para o outro com a finalidade de fazer o bem, sem esperar nada em troca. O exemplo de amor ao próximo dado por esta gerente me comoveu e inspirou a escrever este texto. Espero que esta breve comunicação contamine a você também, e que todos nós sejamos contagiados pelo sentimento de amor e por atos de bondade. Quando praticamos atos de bondade e conseguimos amar ao próximo é porque já estamos amando a nós mesmos. Meu desejo é que sejamos mais felizes individualmente e como sociedade”.

Faça a diferença, faça o bem! Boa semana, gente!

*Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
 
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