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27/11/2020 às 08h00min - Atualizada em 27/11/2020 às 08h00min

Uberlandenses no “Prêmio Paralímpicos”

ALBERTO GOMIDE
Foto: Divulgação

O Comitê Paralimpico Brasileiro (CPB) criou em 2011 o “Prêmio Paralímpicos”. No entanto, a principal celebração do esporte adaptado nacional começou com a premiação anualmente em 2012, com os principais destaques do esporte paralímpico recebendo a honraria. A festa acontece sempre em dezembro e tem o objetivo de homenagear os atletas paralímpicos que se destacaram durante o ano em competições nacionais e internacionais.
 
Na cerimônia, são premiados atletas de todas as modalidades do programa paralímpico, além dos técnicos que mais se destacaram nos esportes individuais e coletivos. Também são homenageados os melhores atletas eleitos por voto popular – um no masculino e um no feminino. Por ser a mais importante premiação do paradesporto nacional, o Prêmio Paralímpicos é transmitido ao vivo pelo canal SporTV desde 2012.
O CPB criou também, em 2009, a Paralimpíadas Escolares, sendo o maior evento mundial para crianças com deficiência em idade escolar. A finalidade do evento é estimular a participação dos estudantes com deficiência física, visual e intelectual em atividades esportivas de todas as escolas do território nacional, promovendo ampla mobilização em torno do esporte. Este ano, no entanto, devido a pandemia, a competição não será realizada.
 
Talentos do paradesporto brasileiro já passaram pelas Escolares, como os velocistas Alan Fonteles, ouro em Londres 2012; Verônica Hipólito, prata no Rio 2016, e Petrúcio Ferreira, recordista mundial nos 100m (classe T47); o nadador Talisson Glock, prata no Rio 2016; o jogador de goalball Leomon Moreno, prata no Jogos de Londres e bronze no Rio 2016; a mesa-tenista Bruna Alexandre, bronze no Rio 2016, entre outros.
 
Os primeiros frutos desta política de investimento na base puderam ser vistos no Mundial de Dubai, em 2014. O mineiro de Uberlândia, Rafael da Silva Bonfim Vansolin (categoria 72 kg), halterofilista, aos 19 anos, levantou 112 kg. Cria do Centro de Referência mineiro, sagrou-se campeão Mundial entre os juniores, uma conquista inédita para o Brasil. Pelo feito, Rafael Vansolin (foto) entrou na lista dos condecorados recebendo o “Prêmio Paralimpicos” do CPB, em 2014, como revelação, atleta da equipe de halterofilismo do Clube Desportivo para Deficientes de Uberlândia (CDDU) e Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer (Futel).
 
A cidade de Uberlândia, que é hoje uma referência nacional, trabalha há anos com o paradesporto, através de segmentos como Aparu, CDDU, Futel, Praia Clube, Virtus, Adeviudi, Adevitrim, Apuv, UTC, UFU, Sesi, Asul. A ratificação desse trabalho está em nomes de atletas, técnicos, dirigentes e entidades que desenvolveram e continuam neste sentido, com vários atletas em competições também internacionais. Inclusive, o Prêmio Clube Caixa, destinado ao clube de destaque no ano 2018, foi para a Associação dos Paraplégicos de Uberlândia – Aparu (MG).
 
Em Jogos Parapan-Americanos, por exemplo, paratletas de Uberlândia se destacam sempre em maior número a cada edição do evento. Rodrigo Rosa de Carvalho Marques, halterofilista, também do CDDU e FUTEL, foi homenageado em 2012 e 2013 com o Prêmio Paralímpicos do CPB, fruto de seu desempenho em disputas internacionais. Para ratificar o destaque de Uberlândia no paradesporto, nos Jogos Parapan-Americanos de 2015, em Toronto, no Canadá, Minas Gerais esteve na Seleção Brasileira com 25 atletas, sendo 15 deles de Uberlândia. Minas trouxe 25 medalhas, sendo seis de ouro, seis de prata, treze de bronze.

*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

 
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