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12/09/2020 às 09h00min - Atualizada em 12/09/2020 às 09h00min

O tempo está voando... Será?

KELLY BASTOS (DUDI)
Bom dia!

O tempo está voandooo! Quem nunca disse ou ouviu esta expressão? Ouvimos constantemente as pessoas dizerem estou sem tempo para isto, para aquilo. A impressão é que os ponteiros do relógio estão mais rápidos. Segundo os experts no assunto, é certo que a sociedade passa por transformação e que o número de informações as quais temos acesso diariamente é 10 vezes maior do que tínhamos há  três anos. A quantidade de pessoas com as quais nos comunicamos chega a cansar nossa mente, e torna o nosso “HD interno” sobrecarregado e lento. Ui ui! Eu, particularmente, penso que o tempo não está voando. Na verdade, as pessoas que têm se deixado levar por muitas atividades e, sem planejamento e equilíbrio, acabam nessa do tempo curto. Concordam que o tempo deve estar a nosso favor, e não contra nós? Na Bíblia, em Eclesiastes 3,1 diz: “há um tempo para cada coisa debaixo do céu”. Com esta palavra somos convidados a administrar o tempo a nosso favor. Concordam? Mas, como? Segundo a nossa consultora Eliana Alves Pereira, psicóloga, “Fazer um check list das atividades do dia é uma boa sugestão para quem deseja organizar o seu tempo. Um bom projeto de vida com metas a serem vencidas mês a mês também contribui para um bom começo”.

De acordo com a profissional, “Seja na área profissional, familiar, afetiva, o tempo deve estar a nosso favor. Não podemos estar em dois lugares ao mesmo tempo, e nem realizar duas ou mais atividades em tempo real. É necessário escolher primeiro o essencial, o mais importante. Infelizmente, observamos que as pessoas passam mais tempo com os dispositivos móveis do que dialogando olho no olho”. 

Dias desses, ouvi de uma amiga o seguinte:  “O tempo tem passado tão rápido que eu já deixo a minha árvore de Natal montada no armário. (Haha) É como se ele tivesse encurtado, ficado mais rápido. Tudo sugere velocidade, urgência. E eu, por mais que me divida, me multiplique em várias, não tenho tempo. Não tenho tempo para a demanda do meu trabalho, não tenho tempo de ler todos os livros e ver todos os filmes que me interessam. Não tenho tempo para atender todas as ligações, responder tantos e-mails e curtir as milhares de fotos. Não tenho tempo para dormir as horas que desejo e muito menos de estar ao lado daqueles que amo".
Esse “desabafo” mostra que nós conduzimos a vida de forma cada vez mais acelerada. De fato. Estamos sempre correndo, tendo ou não motivos para isso. Mesmo assim, parece que não somos rápidos o suficiente para acompanhar o ritmo do tempo. Quem não reclama de não dar conta do que quer ou precisa? Quem não gostaria de esticar o dia para fazer tudo com mais calma?” Temos a sensação de que mal um ano começa, já está terminando. Isso acontece porque não conseguimos fazer nossas tarefas e desejos caberem dentro do tempo. Nós o gastamos sem perceber, na tentativa de diminuir a montanha de compromissos não cumpridos à nossa espera. Mas ela só faz crescer, porque não paramos de receber informações, ofertas de cursos novos, convites irrecusáveis e infinitas possibilidades de entretenimento. Seduzidos por tudo isso, tratamos de encaixar um volume enorme de afazeres nas nossas agendas. É assim que o tempo passa sem que a gente veja. Mesmo que no começo da pandemia os relógios tenham aparentado uma redução em seu ritmo, com a vida dentro de casa se tornando mais arrastada, é surpreendente como o ano já passou da metade. Afinal, como explicar essa contradição?”

“O relógio não mudou”, diz a psicóloga. “Pode não parecer para alguns de nós, mas as horas, os minutos e os segundos se moviam no passado na mesma velocidade que no presente”.

“O tempo absoluto, verdadeiro e matemático, por si mesmo e por sua própria natureza, flui igualmente sem relação com nada de externo, e com outro nome, é chamado de duração", disse Isaac Newton séculos atrás. Então por que tantas pessoas sentem que ele tem andado mais rápido? E por que, em alguns momentos, ele parece estar parado? Porque, simplesmente, estamos com pressa. Mas, para quê tanta pressa? A verdade é que na nossa rotina, antes da pandemia, nos acostumamos a correr contra o tempo. Mas o preço a pagar por essa corrida sem descanso é alto. "Precisamos tomar cuidado com a síndrome da pressa. As pessoas sentem que não dão conta. E realmente muitas vezes não dão porque querem fazer coisas além do que poderiam", observa Eliana Alves. Manter esse ritmo frenético até não aguentar mais abre a porta para problemas emocionais como a ansiedade e a depressão. "A pessoa se sente incapaz, incompetente, pouco produtiva. Com a sensação de estar sempre devendo para todo mundo", diz a nossa consultora. Como não consegue atingir as metas impossíveis que impõe a si mesma, acaba reforçando essa mensagem e se cobra ainda mais. "Ela sente que precisa estar o tempo todo antenada  porque senão alguém vai passar na frente dela e tomar o seu lugar", diz ela.

Use o tempo com inteligência. Faça um bom planejamento
“Ao preparar uma lista com o que você precisa ou quer fazer, avalie se é possível dar conta de todas as tarefas e crie estratégias para cumpri-las. Não marque muitas no mesmo dia para que nenhuma fique mal feita ou inacabada. Se o planejamento não estiver funcionando, revise seus objetivos. Colocando em prática o seu planejamento,  em breve você olhará no relógio e notará que o tempo está no seu curso normal, e você se tornará uma pessoa mais feliz e equilibrada no tempo!”

Bom final e boa semana! Até a próxima!


*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.



 
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