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11/05/2017 às 10h24min - Atualizada em 11/05/2017 às 10h24min

Torcida única

Como já está sendo de praxe neste ano, a Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), mais uma vez foi cercada de grades e policiais à véspera de mais uma votação de uma proposta polêmica e relevante. A apreciação final do relatório da proposta de reforma política foi cerceada da participação popular. Sem manifestantes, mas com uma forte pressão política, principalmente da oposição, após muita discussão e bate boca o texto foi aprovado e segue para votação no plenário da Câmara dos Deputados até o final do mês. Ainda sem adesão majoritária e forte pressão de sindicatos, sociedade civil organizada e demais trabalhadores, além de diversos parlamentares, a proposta pode não ser aprovada e aplicar a maior derrota ao governo federal.

Reforma política

A análise da reforma política na Câmara segue sendo fatiada para melhor discussão das propostas. Uma nova comissão para análise da unificação das eleições foi criada. O objetivo é determinar a coincidência das eleições e a duração de cinco anos dos mandatos para os cargos eletivos, nos níveis federal, estadual e municipal, nos Poderes Executivo e Legislativo. Ainda pela proposta, seria de cinco anos o mandato dos deputados, vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, governadores e presidente da República. O de senadores ficaria fixado em 10 anos.

Educação digital

O aumento de notícias falsas na internet, golpes financeiros e até jogos virtuais que resultam em morte, fez com que a Câmara discutisse propostas para ampliar a educação digital. Nesta semana, dois assuntos foram debatidos sobre o tema. Especialistas avaliaram em comissão que a gincana virtual que ameaça jovens, denominado - "Baleia Azul", reforça a necessidade de informação dos meios digitais. A proliferação de grupos com essa temática causa preocupação, devido a supostos incentivos a situações de risco entre adolescentes. A implantação de uma lei que gera educação para redes sociais, por exemplo, foi outra discussão com o intuito de coibir notícias falsas. Parlamentares e especialistas destacaram o fortalecimento do jornalismo profissional como meio para lidar com informações de caráter duvidoso.

Desigualdade

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, apresentou nesta semana, no Senado, um retrato da atual desigualdade brasileira. Com base em dados das declarações do Imposto de Renda das pessoas físicas de 2016, ano base 2015, ele afirmou que os 10% de contribuintes mais ricos tiveram 2,4 vezes mais renda que os 50% de contribuintes mais pobres. Segundo Rachid, o dado mais impressionante é que 0,1% dos contribuintes detinha 43% da renda do 1% mais rico.

Deputados regionais

Continua pouca a atuação dos nobres deputados federais da região no jogo político em Brasília. O protagonismo do Triângulo Mineiro no trabalho parlamentar há alguns anos não rende muitos resultados para nossa região. Os dois representantes da cidade, o deputado Tenente Lúcio (PSB) e Welinton Prado (PMB), há muito tempo não se tem notícias de alguma ação em prol da população uberlandense. Nesta semana, o primeiro, realizou reuniões para uma futura proposta, que pode permitir a movimentação da conta vinculada no FGTS pelo trabalhador, para a construção e aquisição de mais um imóvel, se o mesmo já o tiver.

O outro, depois de mudança partidária e abismo de atuação política, aos poucos vêm retomando as origens de luta em prol do trabalhador. Vem demonstrando por meio de redes sociais suas posições contra as reformas da Previdência e Trabalhista e atuação contra desmandos de autarquias federais em pequenas cidades de MG. Porém sua atuação está totalmente fora da cidade de Uberlândia.

 

Tiago Pegon, uberlandense, residente em Brasília há 7 anos,  jornalista há 9 anos, MBA em Marketing Político, trabalhou como repórter político e assessor de comunicação parlamenta

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