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15/05/2020 às 08h06min - Atualizada em 15/05/2020 às 08h06min

Abraços

CELSO MACHADO
Como você, como acredito todos, sinto falta de um abraço. Um abraço afetuoso, aconchegante, despretensioso.

Esse período tão delicado e crítico que estamos vivendo, dentre tantas coisas queridas que estamos tendo mão de abrir, tem nos tolhido desse gesto simples, mas tão expressivo, dar e receber um abraço.

Como me faz bem abraçar os amigos mais chegados, os parentes, os colegas de trabalho transmitindo e recebendo afetos e carinhos.

Os companheiros do raxa que jogo duas vezes por semana, religiosamente. Principalmente quando me abraçam depois de ter marcado um gol ou ter dado um passe na medida para isso. Pena que isso não seja tão frequente como gostaria. O que me consola é que nem sempre a culpa é minha.

Nos outros que recebo na resenha festiva que acontece logo depois de encerrada a disputa esportiva durante a qual encontro e reencontro com tantos amigos.

Dos abraços leves nos colegas de academia, sejam do Cajubá ou da Fisiovita, com quem me relaciono todas as manhãs.

Como gosto, de vez em quando, de retornar a Algar, rever ex-colegas e abraçá-los afetuosamente transmitindo o tanto que me são queridos e o quanto sou grato por ter construído uma relação profissional que durou mais de 40 anos.

De compartilhar dos abraços com meus companheiros de viagem, os casais Betão-Luiza Helena, Cleber-Fabiana, Nelson e Lucia. Relembrar momentos maravilhosos e traçar planos para outros.

Como sinto falta dos abraços logo que termino as adoráveis gravações do Prosa Mansa com tanta gente especial que me dá o presente de ouvir, registrar e compartilhar suas histórias.

Dos que troco com meus parceiros de tantas e tão boas jornadas, o Breda, o Carlos Magno, o Marcinho, o Massaro, o Edelweiss, o Viola, o Alex, o José Geraldo, Carlos Guimarães, Neto, Gildo, Pascoal,  Noemia, Kiki, Thais, Adriana Faria, Nubia, Isabel Rosita e um montão de outros mais que se for relacionar vai dar uma lista telefônica.

Como gosto dos abraços apertados do dr. Luiz, os alegres da d. Ophélia, os suaves do sr. Dilson, os carinhosos da d. Marlene sempre acompanhados de suas deliciosas histórias, conhecimentos e ensinamentos.

Fico sonhando quando vou voltar a receber os abraços de tantos desconhecidos que encontro nos mais diferentes lugares, que vêm me saudar pela sintonia com minha jornada em levantar, registrar e compartilhar as memórias de nossa cidade.

De todos com quem me relaciono para promover a homenagem maior desta metrópole à nossa classe empresarial, o prêmio Uberlândia S.A.

Igualmente dos demais que homenageamos e revemos em cada lançamento semestral do Almanaque Uberlândia de Ontem e Sempre. Em cada edição anual do racha dos Velhos Malandros.

Até mesmo os abraços de quem ainda não conheço, mas que Deus me deu o dom de transformar em amigos quando alguma oportunidade os apresenta. Seja profissional, pessoal, ocasional.

Ainda bem que tenho comigo minha esposa e filha que posso abraçar para me sentir acariciado, querido e para diminuir a saudade do filho e nora que vivem em São Paulo e que não os encontramos desde o carnaval.

Em momentos assim como estamos vivendo, revemos atitudes, projetos e reforçamos valores. No meu caso, agradeço demais por ter com quem compartilhar minha vida e minha jornada. Como é bom ter tanta vontade de abraçar tanta gente. E ter quem gosta de ser tão abraçado pela gente.

Como hoje isso não é possível, vamos cuidando de duas coisas fundamentais: dos amigos e da vida. Pois ambos são nossa riqueza maior. Os abraços até podem ficar para depois, mas que não abro mão deles, isso não abro não!
 


Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.


 
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