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20/04/2017 às 09h39min - Atualizada em 20/04/2017 às 09h39min

Confusão na partida

O desprestígio do governo federal começou a ser demonstrado nesta semana no Congresso Nacional. Como aquele técnico teimoso que a torcida manifesta por sua saída, alguns setores da sociedade civil organizada começaram a "pressionar" o governo e seus representantes no Congresso, após uma tentativa de votação da proposta de reforma das relações de trabalho.

Na última terça-feira (18), representantes do sindicato dos policiais civis entraram em confronto com a polícia legislativa na entrada da Câmara dos Deputados, manifestando contra a tramitação da reforma previdenciária e trabalhista. Foi uma confusão, e o quebra-quebra serviu para que os deputados recuassem e não aprovassem o regime de urgência para votar, em plenário, o texto de reforma trabalhista, quem ainda tem pontos que poderiam prejudicar o trabalhador.

Entre as três principais reformas que seguem em análise no Congresso – trabalhista, previdenciária e política – esta última segue sem menos pressão popular, porém, com inúmeros embates políticos. Tanto é que, a Comissão Especial da Reforma Política decidiu fatiar a votação das propostas de mudanças eleitorais em três relatórios parciais. Os deputados terão uma semana para apresentar sugestões e emendas.

Dívidas dos Estados

Em meio a confusão generalizada da semana, digna de uma daquelas brigas entre torcedores em estádios, os parlamentares ainda conseguiram aprovar uma proposta que deve ajudar (ou não) os estados a sanarem suas dívidas.  Os parlamentares aprovaram o texto-base do Projeto de Lei Complementar (PLP) 343/17, que cria o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados para ajudar os entes endividados em troca de contrapartidas como elevação de alíquotas de contribuição social de servidores, redução de incentivos tributários e privatizações.

A proposta beneficiará, em um primeiro momento, estados em situação de calamidade fiscal, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. A adesão ao regime dependerá da aprovação de leis estaduais impondo restrições nos gastos.

Delações

O clima político em Brasília segue tenso. O teor das gravações divulgadas pela imprensa nacional, citando inúmeros líderes políticos que atuavam em 'falcatruas' e outras 'maracutaias' junto a empreiteira Odebrecht, fizeram que os citados estivessem em um patamar diferenciado pelos corredores do Congresso. Por incrível que pareça, nem a gravidade do teor das acusações ditas tiraram a ironia de alguns parlamentares. Um deputado paulista, líder sindical, chegou a dizer a outros colegas, que se o nome não apareceu nas delações ele seria um político sem prestígio. E seguimos o jogo...

 

 

Tiago Pegon, uberlandense, residente em Brasília há 7 anos,  jornalista há 9 anos, MBA em Marketing Político, trabalhou como repórter político e assessor de comunicação parlamentar.

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