Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90
14/03/2020 às 08h00min - Atualizada em 14/03/2020 às 08h00min

O Corinthians, Abel e o Cruzeiro

ADRIANO SANTOS
Lembro-me de quando pequeno, morava no bairro Cidade Jardim, na rua das Alamandas, passava um ônibus todos os dias às 6h20. Eu nunca pegava no ponto, sempre na porta de casa. Lembro-me do seu Zé (motorista), foram anos fazendo o mesmo trajeto, poderia até pegar o ônibus mais tarde, mas não podia abandonar meu amigo seu Zé. Ele sempre perguntava o porquê de eu ir tão cedo para escola. Estudava no Coronel Carneiro, com a Tia Claudete e a Tia Maria Lúcia. Ao descer na avenida Afonso Pena, eu sempre ia pra uma quitanderia na rua dos Pereiras. A quitanderia era o real motivo de acordar cedo e pegar o ônibus com seu Zé às 6h20. Eu chegava sempre às 6h45. Nesse horário já tinha um pão de queijo ou um bolo de cenoura com cobertura de chocolate incrível. Foram anos sem eles errarem a “mão", era rotina. Hoje passo lá e o pão de queijo é o mesmo.

Coitado do Abel, já faz tempo que ele perdeu a “mão” para gerir uma equipe. Abel se fosse o dono da quitanderia que marcou minha infância teria falido. Sempre com declarações ruins, de cunho enganoso e que não corresponde ao que o time dele joga.

Abel no Flamengo disse que era normal o Flamengo perder pro Internacional em Porto Alegre. Perdeu recente pro Goiás jogando em casa e colocou Arrascaeta no banco. Claro que o time do Vasco não ajuda, mas com menos o professor Luxemburgo fez coisas melhores.

Abel não faz mais pão de queijo como antes, assim como Cruzeiro, Cruzeiro temido Cruzeiro, vergonhoso Cruzeiro. A crise pode existir, as dificuldades financeiras também, mas como é feio ver o Cruzeiro em campo, como tem envergonhado seus torcedores. Lamentável!

Agora Abel, Adilson Batista e Tiago Nunes. Onde está aquilo que realmente esses treinadores propõem?

O Corinthians é e está aquém daquilo que seu torcedor espera. Um time caro e bom, porém confuso, parado, sem garra e sem entrega, que talvez nem consiga classificar pra próxima fase do campeonato Paulista.

Alguns treinadores têm perdido a "mão", medo de perder ou a coragem de arriscar, ou a falta de uma ideia clara de jogo. São as teimosias.

Já dizia minha vó: "arroz com feijão é o que enche a barriga". O time do Vasco não tem uma se quer clareza defensiva, o Cruzeiro não sabe se quer onde coloca o Marcelo Moreno, e o Corinthians em breve o Cuca estará chegando lá. Tiago Nunes ou responde rápido ou não terá paz.

Que saudade daquele pão de queijo.

Que saudade do Futebol Brasileiro com várias equipes, hoje formado apenas por Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Uberlândia Esporte.
 
Autocrítica, urgente!


*Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.







 
Leia Também »
Comentários »
Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90