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01/03/2020 às 08h00min - Atualizada em 01/03/2020 às 08h00min

Você se considera uma pessoa indecisa?

KELLY BASTOS (DUDI)

Se você é indeciso, pode estar com um pé em cada barco.
 
Já ouviu falar em um pé em cada barco? Parece estranho, mas é a realidade de muitas pessoas. São pessoas que, na busca por melhor posicionamento, simplesmente abandonam as tarefas pela metade e iniciam outras. Vão se posicionando em muitos negócios, muitas atividades e não se especializam em nada. Veem uma nova tendência e abandonam a anterior. Por vezes, não deixam, mas somam ao que já é pesado, e vão se especializando em deixar ou fazer as coisas pela metade.
 
Metaforicamente, podemos compará-las a pessoas que vivem se equilibrando, com um pé em cada barco, e gastando toda a sua energia para se equilibrar a fim de tirar algum proveito ou chegar a algum lugar. Infelizmente, isso nunca vai acontecer além de chegar o momento em que precisarão escolher em qual barco ficarão, afinal, uma hora, esses barcos terão de tomar caminhos opostos.
 
Muitos ainda, durante essa indecisão da escolha da embarcação, incorrem no erro de ficarem parados por muito tempo, decidindo-se em qual deles deverão ficar em definitivo e, sem perceber, paralisam sua vida. Confuso, não é mesmo? Eu sei bem o que é isso. Já convivi com várias pessoas com esse comportamento. Muitas vezes, via pessoas sendo tachadas como “aquela (e) que deixa tudo pela metade” ou “o que anda por muitos caminhos e não chega a lugar algum”.
 
Você é assim? Ou conhece alguém com essas características? Não se preocupe com isso. Se lhe serve de consolo, Thomas Edison disse o seguinte: “Eu não errei 10 mil vezes, eu apenas encontrei 10 mil jeitos que não funcionam”. O problema aqui é não sair desse ciclo vicioso, essa é a grande questão. Via de regra, ao escolher um dos barcos para ficar, terá de retirar seu pé do outro, e poderá até cair dele. Na prática, o que seria isso?
 
Pense que, às vezes, sua vida profissional está naquela famosa fase em que você não tem muito bem definido o que vai fazer. Toda oportunidade que aparece você acaba assumindo, abraçando o mundo. Depois aparece outra e você abandona a anterior na promessa de que “agora vai”. Só que passa ano após ano e você percebe que fez tanta coisa e não saiu do lugar. Pois é, cada uma dessas escolhas foram barcos em que você subiu ao longo da vida.
 
Abandonar um dos barcos lhe dá força para se firmar no outro. Se você optar por uma área e procurar se especializar nela, ao abandonar as demais, no início, poderá ter a sensação de que vai cair do barco, mas terá mais força para subir, e terá todo esforço concentrado em evoluir, construir o caminho, criar nova história e não usar toda a energia para manter os dois barcos ativos.
 
Percebe como isso é poderoso? Tudo passa pela decisão de mudar, estabelecer prioridades e ter uma direção. Anote aí: “DDD – decisões decidem destinos”.
 
Durante essa jornada de indecisões, tenha coragem e decida-se por um barco, e gaste todas as suas forças em apenas um deles, mas faça o melhor. Converse com pessoas amigas, que realmente querem o seu bem, pergunte como elas o enxergam. Geralmente, nossa família é a melhor opção nesses momentos, mas se seu histórico familiar não é muito bom nesse sentido, procure pessoas maduras para lhe darem um “norte”. Mexa-se!
 
Se posso ajudá-lo, escolha o [barco] que mais lhe agrada e traga alegria pessoal. Não opte simplesmente pelo que poderá ganhar monetariamente naquele momento. O ganho é uma questão de tempo; a satisfação pessoal e a paz interior serão por toda a jornada.
 
Fechou? Boa semana, gente!

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.















 

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