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24/11/2019 às 14h00min - Atualizada em 24/11/2019 às 14h00min

O finado velho

JOÃO BOSCO

Depois que passou finados, me toquei. Claro! A morte não faz parte do meu imaginário. Se vem à memória, faço gracejos, faço piadas. Quero ver se vou gracejar na hora em que ela fizer careta para mim: Haaammmm!!!! Tétrico não? Entro no assunto por ser novembro de 2019 e, sem mais, nem menos, lembrei-me de novembro de 1999. Ao fazer as contas, concluí que há vinte anos o meu velho partiu para o outro lado. Daí fiquei a pensar o quão estava distante dele no tempo. Pensar suficiente para concluir que quanto mais distante no tempo fico dele, mais próximo fico do espaço em que ele se encontra, se no céu, ou como queira, se na terra, a se transformar em pó. Sigo ao encontro dele por uma via, ora de retas, ora de curvas, ora de morros... certo de que é uma via de mão única que o Arquiteto do Universo cuidou de engendrar. Triste, não?  Nem tanto…O romano Cícero, já há 44 a.C, em seu livro “Saber Envelhecer”, tem umas boas tiradas sobre a cuja. Sugere-nos olhá-la de cima.  Olhei e encarei: se a via não tem volta, Cícero, só me resta um “até lá”. Até!

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.









 

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